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Antonio Márquez volta ao Brasil com nova coreografia

Bailarino espanhol escolheu o País para estrear a turnê de Boda Flamenca. Ele apresenta-se neste fim de semana no Municipal de São Paulo

Por Agencia Estado
Atualização:

Mulheres atenção: Antonio Márquez volta ao Teatro Municipal de São Paulo. O sensual moreno espanhol apresenta sua nova coreografia Boda Flamenca, apenas neste fim de semana na cidade. "O espetáculo foi inspirado na história do avô de minha mulher, Eva Leiva. Ele largou a Espanha para tentar a vida no Brasil. Conquistou alguma fortuna, mas em uma rodada de cartas perdeu tudo, trabalhou muito até recuperar-se financeiramente quando decidiu voltar para sua terra natal. Lá conheceu seu grande amor", conta o coreógrafo. Por essa razão, Márquez escolheu o Brasil para estrear a turnê de seu novo espetáculo, Boda Flamenca. A coreografia narra a volta de um filho de espanhóis, interpretado por Márquez, que vive em algum país da América espanhola do século 16. O moço resolve voltar para a Espanha, a fim de conhecer suas origens. "Creio que esse anseio seja intrínseco ao ser humano, todos querem conhecer suas raízes." Nesse país, encontra um grande amor e vive um intenso romance. Entra em contato com a cultura local, descobre as danças típicas e tradicionais da região, como o flamenco. "Busco a essência do balé espanhol, acrescento ao espetáculo danças variadas, como a farruca e o tango." O trabalho de Márquez está próximo do balé e das danças tradicionais espanholas. Aos 12 anos, ele iniciou seus estudos, integrou o Balé Nacional da Espanha, onde chegou ao posto de primeiro-bailarino. Em 1995, fundou sua própria companhia. "Tenho um carinho muito grande pelo grupo, do que não excluí a exigência. Ensaiamos mais de sete horas por dia o flamenco, danças tradicionais e também o clássico. Quero que os bailarinos dêem o máximo. Alguns me acompanham desde que fundei a companhia." Bodas nasceu durante a turnê que Márquez e sua trupe realizaram no Brasil, no ano passado. A temporada foi um sucesso, com teatros lotados. As mulheres, especialmente, adoraram. Quem esteve no Teatro Municipal, ou simplesmente passou por lá, pôde conferir os gritos histéricos e insistentes aplausos da platéia. Antonio Márquez enlouquece seu público, pela dança que por si só é sensual, forte e impactante, mas também por ser um homem bonito. Ele sabe disso e explora muito bem sua imagem. No fim de cada espetáculo, invariavelmente o bailarino aparece com o dorso nu, camisa aberta, peito peludo e cabelos molhados. Durante as apresentações lança olhares, faz caras e gênero. O estereótipo do amante latino, que coleciona histórias de bastidores. "Algumas atitudes impressionam. Certa vez em Miami, uma fã invadiu meu camarim após a apresentação. Eu estava no chuveiro e ela entrou do mesmo jeito. Pedi, então, que ela aguardasse do lado de fora até que eu colocasse uma roupa e ela respondeu que não se importava", conta. Outra situação inusitada ocorreu na Itália. Uma mulher atirou o sutiã ao palco. "Tomei um susto, mas devolvi a ela. Só guardo os presentes que ganho pessoalmente." O coreógrafo atribui esse fascínio às emoções. "O público percebe quando um artista ama aquilo que faz. Além do mais, o ritmo e a música são envolventes." Antonio Márquez. Sexta e sábado, às 21 horas; domingo, às 18 horas. De R$ 20,00 a R$ 100,00. Teatro Municipal. Praça Ramos de Azevedo, s/n.º, tel. 222-8698.

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