Cantor. Total esmero pelas canções de seu novo trabalho, D.N.A. Foto: Camilla Maia/Divulgação
No novo CD de Jorge Vercillo,
D.N.A
., estão encontros tão distintos quanto o que resultou na faixa de abertura, a balada
Há de Ser
, com o ídolo Milton Nascimento, e a parceria com sua mulher, Gabriela Vercillo, letrista de
Memória do Prazer
. "Esse CD sou eu", conta Vercillo, que inaugurou estúdio em sua casa, na Barra da Tijuca.
Da identidade desse ex-cantor da noite, que em 16 anos de carreira vendeu mais de 1,5 milhão de CDs e DVDs, fazem parte também as parcerias com Ana Carolina (
Um Edifício no Meio do Mundo
) e Dudu Falcão (Deve Ser). Trata-se de uma faixa-bônus, que Vercillo gravou há três anos e à qual voltou por conta da novela
Viver a Vida
, que a incluiu na trilha sonora.
Outra regravação é O
Que Eu Não Conheço
, sua com Jota Velloso já registrada por Maria Bethânia.
Verdade Oculta
é um samba, com direito a cavaquinho, tamborim e pandeiro; Quando Eu Crescer tem influência africana, e versão em kimbundo, língua falada em Angola.
Além de Milton, foram convidados outros artistas que Vercillo admira, como o cantor paulista Filó Machado, que divide com ele
Arco-Ír
is, e a cantora paranaense Ninah Jo (
Memória do Prazer
).
D.N.A é seu oitavo CD, e o primeiro na Sony. O disco de estreia saiu em 1994, e tinha o hit
Encontro das Águas
. Em 2000,
Final Feliz
tocou à exaustão; em 2002, foi a vez de
Que Nem Maré
,
Homem-Aranha
e
Fênix
estourarem; em 2003, chegou
Monalisa
.
Desta vez, ele teve bastante tempo para conceber o CD. Coprodutor, com Paulo Calasans, preocupou-se com cada arranjo - em
Memória do Prazer
, quem conduz é Jaques Morelenbaum.
"Nos últimos anos tenho tido esse esmero grande com os arranjos. O tempo é um luxo, e nesse CD pude escolher tudo com mais calma", diz Vercillo, que impregnou suas letras com questionamentos esotéricos e ufológicos e de sua "busca da espiritualidade por meio da intuição".