Amigos e familiares dão adeus a Fernando Sabino

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Por Agencia Estado
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O corpo do escritor Fernando Sabino foi enterrado às 11h20 no Cemitério São João Batista, no Rio. Uma banda de jazz, formada por amigos de longa data, acompanhou o cortejo, tocando Just a Closer Walk with Thee e When the Saints Go Marching In, músicas típicas de New Orleans. O sepultamento ocorreu sob aplausos e gritos de "Viva Fernando". Cerca de 300 pessoas acompanharam o funeral do escritor, que morreu ontem à tarde, vítima de câncer. Amigos, parentes, escritores, jornalistas, políticos, poetas, atores reuniram-se para a despedida. Bernardo Sabino, um dos seis filhos do escritor, disse que a família firmou compromisso com ele de não publicar nenhuma obra inédita após sua morte. "O que não foi publicado era porque ele achava que não merecia e nós vamos respeitar esse desejo", disse. Bernardo disse não saber se há obras ainda inéditas, mas acredita que isso seja possível. "Seu último livro, Os movimentos Simulados, foi lançado depois que ele o encontrou em um baú que seria jogado fora", lembrou. Sabino completaria 81 anos hoje. O poeta Ferreira Gullar referiu-se à obra de Sabino como uma "literatura saudável". "Ele tinha uma literatura saudável escrita com muito prazer para ser lida com muito prazer. É um dos escritores contemporâneos mais próximos do grande público", afirmou. Para a poeta Marina Colassanti a morte de Sabino encerra um ciclo na literatura nacional. "Fernando é um escritor involucrado em um grupo, em um movimento bastante específico. De alguma maneira damos por encerrado o ciclo dos grandes mineiros. O que não significa que não venham outros. Mas serão outros", disse.

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