A substituta de Senhora do Destino, América, estréia na segunda-feira já com uma polêmica -, na verdade, crime, como prefere definir Glória Perez. Antes da apresentação da nova trama das 9, na semana passada, no Rio, a autora leu um comunicado sobre o ataque que sofreu na internet. O incidente foi possivelmente provocado por fãs de Guilherme de Pádua - assassino de Daniella Perez, filha da autora -, que se diziam militantes de ONGs de proteção aos animais, assunto que será abordado em América. "Foi uma legião de psicopatas que respondeu à convocação para participar da novela com ataque violento à memória de minha filha Daniella." Os internautas invadiram a página de Glória Perez no site Orkut e enviaram ameaças - cerca de 8 mil mensagens - à autora, muitas delas com imagens de Daniella morta. "O material está lá, para quem quiser ver, e para servir de provas e providências legais que já foram tomadas", falou a autora. "Não quero a novela movida por isso nem quero mais falar sobre isso. Minha função agora é escrever capítulos." A militância em prol da proteção aos animais seria defendida pelos personagens de Gabriela Duarte (a veterinária Simone), de Caco Ciocler (o intelectual Ed) e de Raul Gazolla (o advogado Helinho). Agora, Glória decidiu cortar a participação de militantes do enredo de América. "Não vamos penalizar os animais", explica a autora, que manterá o tema na novela e a trajetória desses três personagens, sem diminuir seus papéis, mas sem a militância. "Não quero generalizar", afirmou. "Deve existir gente séria atuando nessa causa nobre." Glória Perez ainda fez questão de desfazer outra polêmica que começou a surgir. A personagem de Juliana Paes (Creusa) será uma beata e ponto. A autora disse que ela não será evangélica nem crente nem católica e será desmascarada na trama por fiéis.