Amante de Fidel lança livro de memórias

A amante alemã de Fidel Castro lançou hoje, na cidade de Bremen, um livro sobre seu romance com o líder cubano e sua agitada vida de agente secreta. A "alemanita" é Marita Lorenz, a mulher que viveu uma apaixonada aventura com Fidel em 1959, quando com apenas 19 anos viajou à ilha a bordo de um barco pilotado pelo pai. O livro Lieber Fidel - Mein Leben, meine Liebe, mein Verrat (Querido Fidel - Minha Vida, Meu Amor, Minha Traição) relata a história de amor que durou oito meses e meio e que também foi levada ao cinema no documentário do jornalista alemão Willi Huismann. Marita Lorenz tem hoje 61 anos e vive às custas públicas em Nova York. No livro ela conta que ficou grávida de Fidel e que foi obrigada e realizar um aborto, pelo que foi "recrutada" pela CIA para acabar com a vida do comandante cubano. Marita diz que em seu reencontro com Fidel não pode matá-lo pelo amor que sentia e que ainda sente por ele. Em sua carreira de agente norte-americana era conhecida como "a fria alemã", "sabia atirar bem e pilotar um avião". Lorenz também diz que foi amante de espiões do FBI, chefões da máfia e até do ex-ditador venezuelano Marcos Pérez Jiménez. "A CIA não queria deixar-me sair porque eu sabia muito". Por isso, disse, foi enviada nos anos 80 a um campo de refugiados cubanos para obter informações. Hoje vive com pouco mais de quatrocentos dólares por mês e não recebe aposentadoria de nenhum serviço de inteligência dos EUA. Lorenz disse que deseja voltar a viver em Bremen, na Alemanha, e em especial visitar Fidel "por um dia", a quem viu pela última vez em 1981.