PUBLICIDADE

Altamiro Carrilho leva sua alegria para show em SP

Por Roger Marzochi
Atualização:

Altamiro Carrilho já é nome de rua em Americana (SP) e em Foz do Iguaçu (PR) e, segundo ele, terá ainda um busto seu em Santo Antônio de Pádua (RJ), sua terra natal, onde iniciou sua vida de músico tocando no coreto da praça com a banda do avô. Hoje, com 85 anos, 112 discos e 200 composições, a lenda viva do choro precisa fazer um esforço danado para conseguir realizar mais shows para tocar a vida, tendo que gastar uma gaita em remédios."Fui operado do coração e do rim, de onde saiu uma pedra tão grande que amassou o Pão de Açúcar", brinca. "Foram quatro operações ao todo. Voltei ao hospital para fazer uma revisão, nos últimos dias de dezembro, e voltei sem ''perhaps''. Tem rua nova com meu nome, vão me dar uma praça e um busto em Santo Antônio de Pádua. Mas junta a alegria de tudo isso e não se compara à alegria de ganhar grana. É, preciso arrumar trabalho. Meu grupo não fica parado, mas eu estou a zero."Claro que ele não despreza homenagens, longe disso. "Meu legado foi bom, porque eu comecei quase que enrolado na bandeira nacional. Os meus primeiros choros têm trechos de hinos brasileiros. Amo minha terra, o meu povo, amo tudo que tem no Brasil e na música brasileira que, infelizmente, só de uns anos pra cá foi reconhecida."Show em São PauloNa segunda-feira (26), ele estará em São Paulo, com show no Teatro Anchieta, na programação do Instrumental Sesc Brasil. E quem estiver lá terá a oportunidade de ouvir a incrível música do maior "chorão" do País em sua flauta, seus causos e seu afinado senso de humor. "Eu senti muita dor. Já estou melhor agora, não posso pegar peso, ainda bem que não toco tuba. Fiz alopatia, ''antipatia'', todas as tias... Mas achei um médico, velho como eu, que descobriu o que tenho: é idade, o tempo não perdoa."Altamiro diz que está festejando já seus 86 anos, porque não sabe se vai chegar lá. Mas, se chegar, promete que fará ainda um show no Teatro Municipal em São Paulo, outro no Rio, para continuar divulgando o seu DVD "A Fala da Flauta". No show na segunda, brinca que gostaria de levar para o palco a banda completa, com 116 músicos. "Mas fico com 8 músicos, ao todo." Sobre o repertório, Altamiro diz que o mais gostoso é tocar sem seguir um roteiro. "Digo que vou tocar aquilo de sempre (risos). E na hora me vem à cabeça uma música melhor e mais oportuna."Serviço: Altamiro Carrilho - Instrumental Sesc Brasil. Segunda-feira (26), às 19 horas. Teatro Anchieta do Sesc Consolação, em São Paulo. 320 lugares. Rua Doutor Vila Nova, 245. Telefone: (11) 3234.3000. Livre. Grátis. Retirada de ingressos com uma hora de antecedência na bilheteria.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.