Aids e seu impacto na ordem do dia

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Por Flavia Guerra
Atualização:

O tema é tão espinhoso quanto ainda misterioso para a maioria das pessoas: aids. E mais, aids no cinema. Salvo alguns (poucos) filmes, como Filadélfia, que em 1993 trouxe um Tom Hanks corajoso diante da luta contra a síndrome que assombrou o mundo, principalmente nos anos 80 e 90, poucas grandes produções que tratam do tema ficam nos corações e mentes dos cinéfilos.A lista é ainda menor quando se trata da produção nacional. É para literalmente mostrar que o tema dá filme (e bons) que o Grupo Pela Vidda/SP realiza de hoje ao dia 19 a Cinema Mostra Aids, no Espaço Unibanco e no Cine Olido. Em sua 6.ª edição, a mostra reúne 25 títulos, entre curtas e longas-metragens nacionais e internacionais, que abordam de várias formas esse tema que, como afirmam os organizadores, "não está mais na ordem do dia".De fato, a aids deixou de ser uma sentença de morte, mas seu impacto ainda é pouco discutido. Não à toa os documentários são o destaque da mostra.Estou com Aids, de David Cardoso, é pedida para quem quer entender como a doença era vista e mitificada no Brasil da década de 80. Misto de ficção e documentário, traça um painel sociológico sobre o tema. Após a exibição, na terça-feira, às 20 h, no Espaço Unibanco, debate com o diretor. Já Positivas (quarta, às 20 h, no Espaço Unibanco), de Susanna Lira, revela como é a vida de mulheres que contraíram o vírus de seus maridos ou parceiros. Rodado em 2009, o filme expõe o frescor necessário para entender que, com a descoberta de novos medicamentos, é possível viver, e bem, com a aids, apesar das adversidades.Outro destaque é Flordelis - Basta Uma Palavra para Mudar (foto), de Marco Antonio Ferraz. A ficção, que tem sessão amanhã, às 13 h, no Espaço Unibanco, tem no elenco Reynaldo Gianecchini, Cauã Reymond e Alinne Moraes.

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