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Aguinaldo Silva fala de novos projetos e critica remakes

O autor, que passou temporada em Portugal, volta ao Brasil para acertar com a Globo sua próxima produção na casa, que deve estrear em 2007

Por Agencia Estado
Atualização:

Aguinaldo Silva está de volta ao Brasil. O autor, que foi passar uma temporada em Portugal, chegou este mês ao País para acertar com a Globo sua próxima produção na casa, que deve estrear em 2007. Em entrevista ao Estado, Aguinaldo falou do sucesso de suas novelas entre os portugueses, criticou a falta de criatividade de seus colegas e adiantou um pouco sobre sua próxima trama. Você chegou a trabalhar em Portugal? Os portugueses têm gratas recordações do meu trabalho, mas não cheguei a trabalhar, porque meu contrato com a Globo, que acaba em junho de 2010, exige exclusividade absoluta. Mesmo assim conversei com duas produtoras independentes e acertei com uma delas, a Scriptmakers, a realização de um workshop em setembro com dez roteiristas, aos quais vou ensinar como se faz uma novela. Quando veremos uma novela sua na Globo de novo? Existe um cronograma prevendo minha entrada no segundo semestre de 2007. Minha primeira idéia para uma novela se chama: É a Educação, Estúpido!. É sobre a deseducação em todos os níveis que está levando a sociedade a um terrível impasse. Mas como sou um ficcionista, e não um sociólogo, terei de mostrar esse tema inserido numa boa história. Acompanhou as novelas brasileiras enquanto esteve fora? Acompanhei mais as portuguesas, que desbancaram totalmente as brasileiras lá. A nossa última novela líder lá foi Senhora do Destino (dele). América ficou um oitavo em audiência. Belíssima caiu mais ainda. Sou suspeito para falar, mas não posso deixar de dizer que sou contra essa onda de remakes que anda grassando por aí. Está faltando aos autores, que eu chamo de ?jaburus?, ou seja, os velhos e experientes como eu, a coragem de reinventar, ousar, fazer alguma coisa que valha a pena. Você desistiu de transformar o personagem Giovanni Improtta em filme? Eu não desisti, mas o José Wilker não me deu mais notícias. Agora o Mario Gomes quer fazer o Giovanni no teatro. Não sei se faço, voltar ao Giovanni me dá certo tédio. Estou agora dando os último retoques no meu livro, que se passa nos bastidores de uma novela das 8 e talvez sirva para antecipar minha aposentadoria por justa causa no meio...

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