27 de abril de 2010 | 00h00
Entre os dois violinos, viola, violoncelo, contrabaixo, oboé e trompa, cinco instrumentistas pertencem à Filarmônica de Berlim. Como o oboísta Christoph Hartmann, que considera vital a participação no Ensemble, fundado em 1999.
"Quando não há um maestro para decidir, temos de encontrar juntos um significado para cada peça do repertório, cada trecho". Seria um lado criativo que faz falta na formação sinfônica. "A orquestra ganha personalidade quando seus componentes experimentam outras configurações."
Além de uma obra de Mozart, o grupo selecionou peças de Antonio Rosetti, Louis François Dauprat, George Onslow e Carl Reinecke. A ideia é ampliar horizontes, segundo Hartmann, e recuperar um repertório que já foi muito prestigiado no século 19.
Sem batuta, o processo de criação pode ultrapassar o momento dos ensaios. "Quando os músicos se conhecem muito bem, há espaço durante os concertos para que algo mude. Se sinto que devo executar um trecho mais lentamente, meus colegas percebem e acompanham." Uma intimidade que deve se revelar ao público também.
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