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Advogados de Polanski querem investigação de erro judicial

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Por Redação
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A vítima de um caso de estupro envolvendo Roman Polanski em 1977 disse nesta terça-feira que espera a conclusão definitiva do caso agora que a Justiça suíça rejeitou a extradição do cineasta para os Estados Unidos, mas advogados dele pediram uma investigação sobre uma suposta falha judicial ocorrida há mais de três décadas. Polanski fugiu dos Estados Unidos em 1978, antes de ser sentenciado pelo caso, e em setembro do ano passado foi detido na Suíça sob o risco de ser extraditado. Desde segunda-feira, voltou a ser livre. Samantha Geimer, que tinha 13 anos em 1977, quando Polanski lhe deu drogas e champanhe e fez sexo com ela, já pediu repetidamente para que o processo fosse encerrado, mas a promotoria insiste em levar o caso adiante. "Estou satisfeita com a decisão e espero que o promotor distrital agora encerre o caso de uma vez por todas", disse Geimer, hoje com 46 anos e mãe de três filhos, à rádio francesa Europe 1. Na época, Polanski fez um acordo com a Justiça para se declarar culpado e ser condenado apenas a 42 dias de prisão, tempo que ele já havia ficado detido. Ele fugiu porque achou que o juiz do caso, que já morreu, iria trair o acordo. As autoridades suíças rejeitaram o pedido de extradição por causa de falhas processuais e por não ter ficado claro se o cineasta já não havia cumprido a pena em 1978. Há anos os advogados de Polanski apontam falhas no processo judicial. Nesta terça-feira, a defesa dele em Los Angeles divulgou nota afirmando que "a evidência (de falha judicial) não era insignificante, e o fracasso em apresentá-lo (aos suíços) não foi nem acidental nem uma 'tecnicalidade', como disseram alguns." Eles disseram que os erros judiciais deveriam ser investigados por "uma terceira parte justa e imparcial" e que os resultados deveriam ir a público. O promotor Steve Cooley disse na segunda-feira que vai continuar empenhado em levar Polanski à Justiça "se ele for preso numa jurisdição cooperativa." A esposa do réu, a atriz e cantora francesa Emmanuelle Seigner, disse ao jornal Libération que a decisão suíça foi um grande alívio, "o fim de um pesadelo, acima de tudo para os nossos dois filhos." O paradeiro de Polanski não era conhecido nesta terça-feira, mas há rumores de que ele teria viajado para a França. (Reportagem de Julien Ponthus, em Paris; e de Jill Serjeant, em Los Angeles)

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