
30 de agosto de 2012 | 10h42
Somente agora, depois de uma prestigiada carreira iniciada na década de 1980, Adriana Varejão tem, no Brasil, a primeira antologia de sua produção, a mostra "Histórias às Margens", que será inaugurada segunda-feira (03) no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo. A exposição apresenta 42 trabalhos realizados por ela desde 1991, entre eles, "Extirpação do Mal por Incisura" (1994) e "Reflexo de Sonhos no Sonho de Outro Espelho" (Estudo sobre o Tiradentes de Pedro Américo, 1998), exibidos, respectivamente, nas 22.ª e 24.ª Bienais de São Paulo. Na terça-feira, na montagem da mostra, a própria artista se surpreendia ao rever peças que há mais de 20 anos não são vistas no País.
"Minha produção dos anos 1990 é pouco conhecida. A única condição para fazer a exposição foi trazer trabalhos que estão no exterior", diz a pintora, já referencial não apenas por ter sua pintura "Parede com Incisões à La Fontana II" (2001) - que representa rasgos na tela de onde saem carne, vale dizer - vendida pela casa de leilões Christie?s por US$ 1,7 milhão, o que se tornou um recorde do mercado de arte contemporânea brasileira. Dito e feito, a exposição trouxe peças que integram coleções de prestígio como as da Tate Modern, da Inglaterra, e do Guggenheim de Nova York.
Mais do que abrir a possibilidade do olhar retrospectivo pela produção barroca de Adriana, a mostra apresenta três obras que acabam de ficar prontas e vieram diretamente de seu ateliê no Rio. Adentremos, pois, na "cartografia varejão", como já definiu a antropóloga Lilia Moritz Schwarcz - feita "entre verdades e simulações", entre "vermelho do sangue e azul do céu". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
ADRIANA VAREJÃO
MAM (Avenida Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 3, Parque do Ibirapuera). Tel. (011) 5085-1300. 3ª a dom., 10 h/17h30. Grátis. Até 16/12. Abertura segunda-feira, 20 horas
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