Adeus, Charlie Harper

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Por Redação
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O velório de Charlie Harper não significou, para os fãs de Two and a Half Men, apenas um recurso que os produtores arrumaram para a substituição de Charlie Sheen por Ashton Kutcher. Quem ria com o personagem, que era a cara de seu intérprete, viu ali, no caixão, o fim de uma era. Two and a Half Men, agora, é outra série. A se julgar pelo episódio que apresenta o personagem Walden Schmidt, não há como imaginá-lo vivendo as mesmas situações de Charlie com o mesmo cinismo. Ao realizar um ménage a trois, Walden reage como um garoto que só veria isso acontecer em filmes para adultos. E se fosse Charlie? Ele agiria com a maior naturalidade. Afinal, mesmo quando cantava para crianças, Charlie não deixava a canalhice de lado. Em episódio memorável, o personagem de Sheen se transforma em ídolo infantil ao entoar, bêbado, canções sobre peitos e puns. As mulheres amam Charlie pelo mesmo motivo que amam Hank Moody, o escritor mulherengo de David Duchovny em Californication. Já com Kutcher, a história é outra. As mulheres o adoram por seu romantismo - e por seu físico. Ah, ele sofre por amor... E tem aquele tórax! Como não colocá-lo no colo? Com o astro de comédias românticas, Two and a Half Men não poderia continuar sendo a mesma. O público feminino adorou. Os comentários, no dia seguinte à exibição do capítulo nos Estados Unidos, na semana passada, diziam respeito aos atributos do moço que, já avisou, aparecerá bastante em trajes mínimos. Mas Two and a Half Men não é somente sobre Charlie. Alan (Jon Cryer) é responsável por grandes momentos da série como o episódio em que questiona a própria sexualidade ao criar uma amizade com o pai gay de um colega de seu filho Jake. Não há como saber se a série terá vida longa sem seu polêmico protagonista, mas uma coisa é certa: Two and a Half Men já garantiu seu lugar como uma das melhores comédias da atualidade.

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