Adaptação de "A Onça e o Bode" estréia no CCSP

Temporada no Centro Cultural de O Caso da Casa, com direção de Cristina Lozano e Eber Mingardi, começa no sábado

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Por Agencia Estado
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Mais um tempero para a programação de férias da garotada, o espetáculo O Caso da Casa, de Hugo Possolo e Carmo Murano, inicia temporada sábado no Centro Cultural São Paulo, como parte do Projeto Caleidoscópio - As Várias Facetas do Teatro Infanto-Juvenil no Ano 2000. Sob a direção de Cristina Lozano e Eber Mingardi, a peça também marca a estréia da Cia. Os Hermeneutas, formada pelos dois e pelos atores Noemia Duarte e Guto Togniazzolo. Uma adaptação da fábula brasileira A Onça e O Bode, a comédia infantil trata as relações humanas de maneira lúdica e criativa, estimulando o público a obter respostas para suas inquietações. "Essa é a primeira remontagem do texto desde 1985", conta Possolo, que faz parte do grupo Parlapatões, Patifes e Paspalhões. "E o mais interessante é que o grupo faz uma leitura contemporânea sem apoiar-se em clichês". Cansado de ser explorado na fazenda, o Zé Bó de Oliveira, o bode, foge para a floresta para construir uma casa e viver tranqüilo. Lá, ele encontra a onça Julinha Mendonça, que tenta convecê-lo do contrário, mas acaba concordando, quando quase é pega pelos caçadores. Então, sem notar, os dois começam a construir a mesma casa e passam a morar juntos. Com o tempo, as diferenças de estilos e temperamentos provocam tantas brigas que eles destróem a casa inteira. Somente na hora de começar a construir tudo de novo é que os dois passam a sentir falta e dar valor ao outro. Resultado: eles admitem se gostar e voltam a morar juntos, dessa vez numa casa maior, onde há respeito mútuo. Aconchego - Quatro amigos que têm em comum um currículo com experiências em teatro infanto-juvenil, televisão e cinema, e há um ano reúnem-se para fazer leituras de textos. Foi assim que nasceu a Cia. Os Hermeneutas. "Nosso objetivo é explorar a capacidade de criação de cada um em outras funções, que não seja apenas a da concepção da personagem", afirma Mingardi que, como Cristina, também marca sua estréia na direção. Para a elaboração do cenário, por exemplo, o diretor recordou a infância, quando costumava juntar todos os objetos próximos, dando a eles uma nova realidade. "Assim, na peça, um mancebo e um guarda-chuva viram árvore, o aquário vira rio e a casa é desenhada numa lousa", conta. Já os figurinos apenas sugerem os animais com originalidade e simpatia, sem exagerar nas manjadas fantasias. "Por ser a primeira peça da companhia, não tivemos a preocupação de mostrar novas pesquisas de linguagem ou estética, apenas o universo do ator", diz Cristina. Segunda ela, com tantas manifestações pela paz e pelos direitos de cada um, esse trabalho reafirma que, somente unidas, apesar de todas as diferenças, as pessoas conseguirão dar um passo. "O Caso da Casa serve de aconchego para todas pessoas acima de 2 anos", conclui. O Caso da Casa. Direção Cristina Lozano e Eber Mingardi. Duração 50 minutos. Sábado e domingo, às 16 horas. R$ 6,00. Centro Cultural São Paulo. Rua Vergueiro, 1.000, tel.3277-3611, r. 250. Até 3/9.

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