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Acidente mata o arquiteto Cláudio Bernardes

Por Agencia Estado
Atualização:

O arquiteto Cláudio Bernardes, de 52 anos, morreu ontem em Sidrolândia, a 70 quilômetros da capital de Mato Grosso do Sul, em um acidente automobilístico. Ele viajava no banco traseiro de um Vectra, dirigido por Roberto Cheller, quando o motorista perdeu o controle do veículo que saiu da pista e capotou em uma curva no quilômetro 473 da Rodovia BR-060. O motorista ficou gravemente ferido, a exemplo dos outros dois passageiros ? Sérgio Schwars e Paul Jacobsen. Os três estão internados na Santa Casa de Campo Grande. Bernardes chegou a ser transportado para o Hospital Municipal de Sidrolândia, já sem vida. O corpo foi para o Instituto Médico Legal de Campo Grande e depois liberado. Nascido em 1949, o carioca Cláudio Bernardes teve seu primeiro contato com a arquitetura a partir dos projetos de seu pai, o renomado arquiteto Sérgio Bernardes. Antes disso, ainda menino, Bernardes teve as primeiras noções com a arte. Começou a pintar, sob a orientação de Maria Teresa Vieira, a paisagem física e social do Rio. Aos 18 anos, ele já tinha montado seu primeiro escritório. Preferência ? Seu estilo era marcado pela utilização de pedra, madeira, ferro e concreto, além das construções consideradas por ele mesmo como "ecológicas". Gostava de desrespeitar espaços, terrenos e divisórias. O arquiteto, em suas mais de mil obras, costumava deixar de lado a marca pessoal e atender às necessidades psicológicas do morador. Bernardes, que era conselheiro do Sindicato da Habitação (Secovi-SP) e costumava dizer que não gostava da arquitetura da Avenida Paulista: "Sei que é o cartão postal do paulistano, mas não gosto da construção verticalizada." Era também alheio a muitos rebuscamentos em seu trabalho: "Quanto mais simples a arquitetura, mais bonita ela é", comentava.

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