29 de outubro de 2010 | 00h00
O fio condutor são as declarações de Pierre Bergé, companheiro e sócio de Laurent durante 50 anos. Com sua habilidade para os negócios e a genialidade do estilista, foi possível renovar o conceito da moda depois da 2.ª Guerra Mundial. Afinal, YSL transformou a forma de se vestir das mulheres, criando modelos práticos, mas elegantes.
O documentário é uma pequena joia - em seguida ao anúncio de aposentadoria de Laurent, são mostradas as imagens de seu enterro e a preparação do leilão de todas as peças de arte colecionadas pela dupla em meio século de convivência. Com mais de 300 itens, entre obras de Picasso, Matisse, de objetos do Renascimento e peças de arqueologia, era uma das mais suntuosas coleções de arte do mundo.
"Não sei se, caso eu tivesse morrido antes, Yves venderia nossa coleção", afirma Bergé, que arrecadou mais de 300 milhões. "Talvez guardasse tudo." O comentário define bem a personalidade de cada um - enquanto Bergé aparece como o cérebro da parceria, Laurent trazia o toque da genialidade. Homem refinado, amante de Proust, amigo de figuras como Catherine Deneuve e as musas Loulou de la Falaise e Betty Catroux, Laurent era um homem angustiado. "Eram poucos seus momentos de alegria", conta Bergé. "A inquietação o deprimia."
O LOUCO AMOR DE YVES SAINT LAURENT
Cinemark Cidade Jardim 5 - Hoje, 21h
Cine TAM 4 - Quarta, 19h.
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