13 de janeiro de 2012 | 09h07
Eles vivem Romeo e Juliette, jovens que se conhecem numa balada, logo se casam e têm um filho, Adam, que, ainda bebê, começa a apresentar sintomas inquietantes. Em seguida, vem o diagnóstico e o calvário por médicos, hospitais, cirurgias, ressonâncias magnéticas, quimioterapias, a parafernália toda. Uma luta. Uma batalha. A guerra que, como todas, produz vítimas, mutilados e traumatizados.
Cenas realistas mesclam-se com outras delirantes e até operísticas. É assim quando a mãe recebe em Marselha o diagnóstico da doença do filho e tem de transmiti-la ao marido, que está em Paris e este precisa avisar a família toda do que está acontecendo.
No enfrentamento com o corpo médico durante uma doença grave às vezes temos a experiência direta do universo kafkiano. Há muito disso no filme. Ao mesmo tempo, vê-se a gratidão pela maneira como foram atendidos. Valérie disse que vive em um país no qual os procedimentos médicos, por sofisticados e caros que sejam, estão ao dispor de toda a população - e de forma gratuita.
A GUERRA ESTÁ DECLARADA
Título original: La Guerre Est Déclarée. Direção: Valérie Donzelli. Gênero: Drama (FR/ 100 min.). Classificação: 14 anos. Em cartaz.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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