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A ''fábrica'' ao lado do maior parceiro

Por Lucas Nobile
Atualização:

Nelson compôs com nomes ilustres, como Cartola (Devia Ser Condenada), Zé Ketti (O Meu Pecado), Jair do Cavaquinho (Vou Partir) e Henricão (Não Faça Vontade a Ela), além de trabalhar com uma série de autores menos conhecidos. Inegavelmente, o seu maior parceiro foi Guilherme de Brito e, como o próprio Nelson gostava de afirmar na década de 1970, os dois pareciam "uma fábrica de sambas".A dupla se conheceu ainda nos anos 1950, nos botequins da Praça Tiradentes, no centro do Rio, como o Cabaré dos Bandidos, onde teriam composto Garça, o primeiro tema em parceria. "Essa história de que o Nelson compunha no botequim é folclore. Ele fazia samba só de farra ali. Quando era coisa séria, ele já chegava com a música pronta", relembra o parceiro de boemia Paulo César Pinheiro.A verdade é que Guilherme de Brito, dono de um vozeirão de radialista, também violonista e que morreu em 2006, foi o parceiro mais relevante a trabalhar com Nelson. Como não poderia deixar de ser, 13 das 28 músicas compiladas em Nelson Cavaquinho - Degraus da Vida são de autoria da dupla.Entre a seleção de Nelson e Guilherme, destaque para as clássicas Folhas Secas, Minha Festa, A Flor e o Espinho, Pranto de Poeta, Quando Eu Me Chamar Saudade e as menos conhecidas Quero Alegria, Se Você Me Ouvisse, Sinal de Paz e Depois da Vida. De fora da coletânea, ainda caberiam as indispensáveis Mulher Sem Alma, Cinza, É Tão Triste Cair e Visita Triste.

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