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A decadência de uma diva em Prima Donna

Por AE
Atualização:

Credenciais não faltam ao compositor americano Rufus Wainwright. Pisou no palco pela primeira vez aos 13 anos e, desde então, tornou-se um dos mais célebres gênios precoces da música pop; aos 39, já acrescentou no currículo letras e músicas para sucessos do cinema tão distintos como Moulin Rouge, O Segredo de Brokeback Mountain e Shrek. Para Elton John, ele é "o maior autor de canções do planeta".Em sua biografia conturbada, marcada por um estupro na adolescência, a homossexualidade assumida aos 14 anos, pela luta contra as drogas ou ainda o bebê que teve com a filha de Leonard Cohen, cabe também uma paixão "desmedida" pela ópera e as canções de autores como Schubert, que o teriam inspirado no processo de composição da ópera Prima Donna, sua nova obra, que teve badalada estreia americana no domingo, no teatro da Brooklyn Academy of Music, em Nova York.Originalmente, Prima Donna deveria ter estreado em 2009, na Metropolitan Opera House, principal casa de óperas dos Estados Unidos e uma das mais importantes do mundo. No entanto, Wainwright se recusou a escrever o texto em inglês, preferindo o francês, e não aceitou que sua ópera não fosse a escolhida para abrir a temporada. O contrato foi desfeito, Prima Donna estreou em 2011 na Inglaterra e chegou agora aos Estados Unidos, trazendo na bagagem um punhado de elogiosas críticas e prêmios, concedidos pelos europeus.O libreto, escrito pelo próprio compositor, em parceria com a dramaturga Bernadette Colomine, narra a história de uma soprano veterana que, anos depois de perder a voz durante uma apresentação, resolve voltar à ativa. Conhece um jovem jornalista, tenor amador, que a inspira e a faz se apaixonar novamente por sua arte e pela vida, apenas para descobrir horas depois que tudo não passou de um sonho - e que o recolhimento é seu único destino. As informações são do jornal "O Estado de S.Paulo".

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