
10 de dezembro de 2010 | 00h00
Há seis anos no cargo maior da cultura paulistana, o secretário municipal Carlos Augusto Calil tem sua gestão marcada, de um lado, por obras importantes, como as reformas do Teatro Municipal e da Biblioteca Mário de Andrade; de outro, por críticas à falta de investimento e ao esvaziamento da programação de alguns dos principais equipamentos culturais do município, como o Centro Cultural São Paulo.
"É muito fácil programar quando se tem uma estrutura funcionando. Mas a estrutura da secretaria era precária, e ainda é", diz Calil, em entrevista ao Estado. Após mandar à câmara um projeto de lei que transforma o TM em fundação, o secretário critica o excesso de política. "Na política se prefere fazer coisas novas a consertar o que já existe. Fazer um novo teatro é mais fácil que reformar o Municipal. Fazer um novo CCSP é mais rentável politicamente do que reformar o que existe." Sobre a demora em emplacar a criação de um fundo de cultura, ele diz: "A resistência é enorme, você não imagina a dificuldade que tenho de tocar no assunto. É tema que desgasta o político. E viro o cara que só diz não."
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