
22 de março de 2013 | 02h12
Grandes diretores têm tentado decifrar o mistério de São Paulo. Em 1964/65, Luiz Sérgio Person e Walter Hugo Khouri refletiram sobre a cidade que se industrializava (São Paulo S.A.) e sobre a vertigem sexual e o vazio existencial dos que ocupavam o topo da pirâmide (Noite Vazia). Khouri terminou seu filme na Praça Roosevelt, que ainda era uma praça, em meio à vegetação que o concreto comeu.
A Boca do Lixo de Rogério Sganzerla (O Bandido da Luz Vermelha), o Viaduto do Chá de João Batista de Andrade (O Homem Que Virou Suco), a dança da atriz e bailarina Jura Otero no alto do prédio de Bang Bang, de Andrea Tonacci. A cidade é única e é múltipla vista por seus autores. O centro ganha a preferência. A periferia de Carlos Reichenbach (Anjos do Arrabalde), a fotogenia pós-moderna de Chico Botelho (Cidade Oculta). Só fica faltando uma cena importante na esquina mais famosa de Sampa, a Ipiranga com a São João.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.