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A casa das massas artesanais é o Luigi

No Luigi, o grande destaque é o cardápio de massas, que são feitas no restaurante todos os dias com farinha granoduro italiana

Por Agencia Estado
Atualização:

Eduardo Pinheiro praticamente nasceu num restaurante, trabalhou muito tempo com Sérgio Arno, o que é uma ótima recomendação, e agora comanda o Luigi, um restaurante gostoso, de bom gosto e que tem nas massas, realmente artesanais, feitas diariamente, os seus grandes destaques. Eduardo é de Mococa, onde sua mãe tinha um restaurante italiano, que sempre foi sua inspiração. Veio para São Paulo e se associou ao irmão para fundar o Vera Masseria, cujo nome é uma homenagem à mãe. Sérgio Arno comprou a casa e contratou Eduardo, que foi gerente do Alimentari durante cinco anos. Eduardo sempre diz que aprendeu muito com Sérgio Arno. Há algum tempo, dois clientes do Alimentari, Fernando Maluf e Luis Antonio Adinolsi, sugeriram a instalação de uma nova casa e nasceu o Luigi, na esquina da Pedroso Alvarenga com Paes de Araújo. O restaurante deve ficar mais gostoso nos dias mais quentes, quando poderá dispensar as proteções de plástico que protegem os terraços. Salão gostoso, todo branco, pé-direito alto, com o madeirame do teto aparente, muitos espelhos nas paredes e um simpático bar no centro. Ambiente gostoso, meio barulhento e serviço ainda meio desencontrado, como muitas vezes acontece com casas novas. O Luigi começa a agradar pelos pães variados (lingüiça, ervas, abóbora) do couvert. Depois, as massas reforçam essa boa impressão. Elas são feitas lá mesmo, inclusive o spaghetti e o penne, o que não é muito comum, utilizando farinha de granoduro italiana. As massas em si são ótimas, mas a preparação ainda precisa de sintonia fina, como foi o caso do papardelle com o ragu de anatra (R$ 28), que passou muito do ponto. Ragu de pato delicioso. Excelente do começo ao fim, no ponto certo, o cappellini com tomate a manjericão (R$ 19). Não é fácil cozinhar al dente um spaghetti tão fininho. Meio sem gosto o tortelli de ricota e espinafre (R$ 22) e muito bom o tortelli recheado com carne e molho de funghi (R$ 24). O carpaccio de atum combina com uma gostosa salada de rúcula, mas veio gelado demais, escondendo o gosto das fatias finas de atum cru (R$ 15). Bem melhores o linguado à livornesa, com um molho potente, de tomate com alcaparras (R$ 27) e a truta com ervas e um delicioso arroz com espinafre (R$ 30). Muito bem grelhados, al dente, os camarões com alho e ervas e arroz de brócolis (R$ 40). Saboroso, delicado até demais, o cabrito à caçadora, que poderia ter passado mais tempo no fogo para ficar mais mole, servido com polenta (R$ 30); correto o escalopinho ao marsala (R$ 25). A carne de avestruz é seca, saudável, mas com pouco gosto. No Luigi, uma solução engenhosa: as fatias finas de carne de avestruz são servidas com um molho potente, com pimenta verde, alecrim (R$ 39). Luigi - Rua Pedroso Alvarenga, 1135. Tel.: 3168-8480

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