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A arte de Rochelle Costi, uma rede de movimentos

A artista mostra através de sua arte fotográfica suas diferentes vivências da cidade de São Paulo, tanto de perto como de longe

Por Agencia Estado
Atualização:

Desde abril, a artista Rochelle Costi ocupa o espaço vazio de uma grande torre de escritórios desocupados no alto do 24.º andar do prédio onde está instalado o Instituto Tomie Ohtake. Lá montou um ateliê e vivenciou a metrópole como "algo controlável": não havia problema nenhum de segurança, aliás, podia ver o horizonte e se deleitar com isso - o que poucos podem experimentar. Essa vivência se transformou na videocolagem Convite ao Infinito. Rochelle começou a correr pelo espaço daquele andar, convidou outras pessoas a fazer o mesmo e filmou. O movimento era definido - andavam fazendo o número 8 no chão, o símbolo do infinito - e o tempo passava: a luz ia se degradando até desaparecer no chegar da noite. Do alto, Rochelle foi para o chão, outro universo. Também experimentou o entorno do prédio, o Largo da Batata, querendo vivenciar um espaço em mutação, onde as pessoas se deslocam incessantemente: vão todos os dias de Pinheiros para a periferia. "A teia urbana se transforma e a gente se esquece. Eu quis reter o passado recente", diz. No Largo da Batata, fez a série fotográfica Escolha, em que registrou o interior de lojas com infinidades de produtos. Há também back-lights com fotos da região, com as pessoas andando: dias normais, rotina. A Dinâmica Comum, título da mostra, ainda se fecha com o vídeo Vigília. É a tomada de um viveiro de caracóis: confinados, eles entram e saem de suas cascas, movimento primitivo. "São escolhas de metas e trajetos para se chegar nelas", diz a artista. Sua mostra faz parte do projeto Criatividade: Ação e Pensamento, do Instituto Tomie Ohtake e Fundação Carlos Chagas - alunos participaram de seu processo criativo e também exibem suas experiências. Rochelle Costi. Instituto Tomie Ohtake. Av. Faria Lima, 201, Pinheiros, 2245-1900. 11h/20h (fecha 2.ª). Grátis. Até 4/9

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