10 boas notícias: confira a seleção da semana para ler em tempos de coronavírus (até 13/6)

CONTEÚDO ABERTO PARA NÃO-ASSINANTES: Projeto leva renda a cooperativas de costureiras; instituto de Heliópolis faz campanha para ajudar a comunidade; e empresas se unem para fabricar (e doar) calçados hospitalares

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Por Marina Vaz
Atualização:

Para quem não tem casa, banho quente. Para aquele que não desiste, emprego novo. Para iniciativas culturais, apoio. Para dias melhores, um desejo por vez.

Projeto itinerante leva estação de banho para quem vive nas ruas. Foto: Luca Meola

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1. Banho de cheiro. É sábado, dez da manhã, e uma carreta azul estaciona na rua. O nome grafado no veículo, com pias acopladas à lataria, já dá pistas: Banho pra Geral. Quando as portas laterais se abrem, dá para ver dois boxes com chuveiro e área para se trocar. Criado em 2019, o projeto itinerante, que atende a população em situação de rua, torna-se ainda mais fundamental em tempos de coronavírus. “Às vezes, o banho é o único carinho que a pessoa recebe; um banho de autoestima. Elas saem renovadas, felizes”, diz a idealizadora Vanessa Labigalini ao Estadão. Além do banho quente, os usuários recebem um kit de higiene que inclui toalha, xampu, sabonete, escova e creme dental – e também roupas limpas, alimentos e cobertores. 

2. Em teia. Gerar renda para coletivos de costureiras e distribuir, gratuitamente, máscaras reutilizáveis. Essa é a proposta da Tecido Solidário, iniciativa do Sesc São Paulo. A instituição contratou profissionais de cooperativas e entidades sociais para a confecção dos itens e doou insumos como tecidos, elásticos e linhas, disponíveis nos estoques de suas unidades. A meta é produzir 45 mil máscaras até o fim de junho.

3. Foco, força e fé. Graduado em Administração e com mais de dez anos de experiência nas áreas fiscal e financeira, Wellington Failla chamou atenção na rede profissional LinkedIn ao postar um texto contando que, depois de perder o emprego durante a crise, passou a trabalhar com delivery para poder manter a casa e a filha de 4 meses. “Enquanto a recolocação não vem, não posso ficar de braços cruzados”, escreveu no site. A postagem viralizou e gerou uma nova oportunidade em sua área de atuação original – Wellington acaba de ser contratado pela Ambev como técnico administrativo.

4. Pelas ruas. Nas últimas semanas, a ação Sorriso na Máscara, organizada pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, difundiu informações sobre a prevenção do coronavírus de um jeito leve e divertido. Duplas de artistas circenses circularam por pontos como os terminais de ônibus Parque Dom Pedro II e Aricanduva, alertando quem passava sobre a importância do uso de máscaras e da higienização das mãos.

Criolo, Paulo Vanzolini e Arrigo Barnabé em festival da Casa de Francisca, em 2012. Foto: Pablo Saborido

5. Música viva. A Casa de Francisca, espaço para shows que ocupa um edifício histórico no centro paulistano, faz campanha para garantir a continuidade do projeto, após a interrupção das apresentações ao vivo. Para tanto, recupera a história de seu primeiro festival, promovido em 2012, que buscou levantar fundos para reformar e reabrir sua antiga sede, um sobrado no Jardim Paulista. “Uma obra que nos deixou fechados por meses, com uma dívida que só aumentava e muita angústia”, relembra o fundador Rubens Amatto ao Estadão. Realizado no Teatro Oficina, o evento reuniu nomes de diferentes gerações, como Paulo Vanzolini, Juçara Marçal, Arrigo Barnabé, Kiko Dinucci e Criolo. Agora, o material gravado foi reeditado e, a ele, foram incorporados depoimentos inéditos – o show será exibido, gratuitamente, neste domingo (14), às 17h (assista aqui). A campanha sugere contribuições a partir de R$ 35 e, por valores maiores, dá direito a prêmios como camisetas, jantares e ingressos (saiba mais no site da campanha).

6. Comunidade. Na última quinta-feira, a Ten Yad fez ação no bairro do Bom Retiro na qual entregou mais de mil cestas básicas, além de cobertores, para famílias de baixa renda e pessoas em situação de rua. A entidade beneficente israelita ainda tem distribuído 600 refeições por dia e 1.600 kits de higiene e de limpeza, todo mês. 

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7. Boa referência. O Instituto Baccarelli, organização sem fins lucrativos que ensina música clássica para mais de 1.200 crianças e jovens, promove o Tocando Juntos por Heliópolis, que já arrecadou 97 toneladas de alimentos e R$ 239 mil para apoiar a comunidade da zona sul de São Paulo. Entretanto, cerca de 200 mil pessoas ainda precisam de ajuda (é possível doar qualquer quantia pelo site).

8. Duas vias. Pedir comida em casa pode ser bem prático. E se seu pedido ainda puder ajudar quem precisa? É o caso do The Comemos Project, que comercializa kits variados (R$ 135 cada) com receitas famosas de restaurantes – como as empanadas do La Guapa, o pão de calabresa da Bráz Pizzaria e o brigadeiro do Capim Santo – com lucro totalmente revertido para famílias de Campinas que estão em situação de vulnerabilidade. Com entregas também em São Paulo, basta acessar o site.

9. Não costuma falhar. Inspirado na música de Gilberto Gil, o projeto Brasil Andar com Fé busca dar visibilidade, em um único site, a diversas organizações não governamentais que promovem ações sociais, durante a pandemia, em todo o País. A madrinha é a cantora Preta Gil e artistas como Carlinhos Brown e Elba Ramalho já participaram da divulgação da campanha nas redes sociais.

10. Parceria. A Braskem e a Alpargatas se uniram para fabricar equipamentos de proteção para hospitais públicos de Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins – foram doados 250 mil máscaras e 18 mil calçados hospitalares. 

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