Zac Efron conversa com espíritos em drama romântico

Astro adolescente quer provar que está preparado para enfrentar desafios dramáticos

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Por Redação
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Embora seja baseado num bem-sucedido best-seller homônimo do escritor norte-americano Ben Sherwood, dirigido por Burr Steers (do ácido A Estranha Família de Igby) e roteirizado por Craig Pearce e Lewis Colick, A Morte e Vida de Charlie aposta todas as suas fichas no jovem ator Zac Efron. Reverenciado por adolescentes desde os tempos em que protagonizava a franquia musical High School Musical, Efron, hoje com 22 anos, quer provar com esta produção que está preparado para enfrentar desafios dramáticos de adulto. Isto explica porque dispensou o papel do remake de Footlose para interpretar o tal Charlie. Se o ator queria drama, a adaptação do romance de Steers o fornece em abundância. A trama concentra-se na amizade entre os irmãos Charlie (Efron) e o mais novo Sam (Charlie Tahan, de Noites de Tormenta), com cerca de oito anos. Como a mãe (participação especial de Kim Basinger, de Los Angeles - Cidade Proibida) é bastante ausente, os irmãos passam muito tempo juntos com um forte laço fraterno.Logo no início, no entanto, ambos sofrem um acidente de carro, que vitima o pequeno Sam, deixando o irmão desamparado. Porém, devido a uma promessa, Sam volta todos os dias para encontrar-se com Charlie. Graças a esse vínculo com o lado de lá, o protagonista descobre que consegue falar com espíritos. Antes um estudante brilhante, esportista vencedor, e objeto de desejo de suas colegas de classe, Charlie passa a viver recluso e trabalhar no cemitério, onde se encontra secretamente com o irmão morto. Mas, quando a jovem Tess Carroll (Amanda Crew, de Evocando Espíritos) aparece em cena, o personagem deverá decidir entre sua promessa e um novo amor. Com participação especial de Ray Liotta (de Território Restrito), como paramédico que salva a vida de Charlie e depois será importante para dar sentido a ela, a produção mostra um Efron mais maduro, mas ainda irregular nos momentos mais tensos e emocionantes do filme. Além disso, em muitas cenas de romance, o jovem ator mostra-se praticamente inexpressivo. O filme traz ainda alguns enigmas provenientes da liberdade poética conferida aos roteiristas. Muitas se referem à relação de Charlie e Tess, que não podem ser discutidas aqui para não estragar o prazer dos espectadores, principalmente sobre o desfecho. Outro questionamento é a relação do protagonista com o "outro lado" - ele consegue apenas se comunicar com as pessoas que amava no mundo real? No fim, A Morte e Vida de Charlie é um drama juvenil com fundo fantástico, que a presença de Zac Efron transforma mais num projeto pessoal do ator - de mudar sua imagem - do que numa produção que reflita o talento de sua competente equipe técnica. (Por Rodrigo Zavala, do Cineweb)

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