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X-Men ganha versão definitiva nas telas

Para quem já conhece a história dos quadrinhos, vale a pena assistir para conferir o que talvez seja a melhor transposição das páginas coloridas para a película

Por Agencia Estado
Atualização:

Os fãs dos quadrinhos dos X-Men podem dormir sossegados: a passagem de seus personagens favoritos para a tela grande não podia ser melhor, nem mais fiel aos originais. Há alguns anos, quando começaram os rumores de uma possível adaptação da história do Prof. Xavier e seus pupilos para o cinema, os leitores ficaram receosos. Afinal, tinham visto o que havia sido feito com o Batman. A Marvel ? editora que tem os direitos sobre os personagens ? foi cautelosa e não foi na onda do Homem-Morcego. Lançou primeiro um desenho animado, a fim de sondar a aceitação de um outro público, que não tivesse lido os quadrinhos, a respeito de personagens com nomes pouco comuns, como Wolverine, Tempestade, Dentes-de-Sabre e Mística. Percebendo que os personagens criados na década de 60 por Stan Lee (uma espécie de Shakespeare das HQs) tinham muito apelo, decidiram investir em um longa-metragem com atores reais. Inteligentemente, não criaram uma trama especial para o cinema. Assim como na animação, vemos na tela uma história muito parecida com a publicada nas revistas. Deste modo, conhecemos a escola para mutantes do Prof. Xavier e a sua luta para provar para toda a humanidade que eles não representam um perigo. Mutantes são pessoas geneticamente dotadas dos mais variados poderes, entre eles, curar-se rapidamente, controlar o tempo, ler mentes e atravessar paredes. E como são necessários alguns milhões de dólares para fazer todos estes poderes aparecerem na tela, não vemos nenhum nome muito conhecido no elenco, com exceção do veterano Ian McKellen (no papel de Magneto), que não exige rios de dinheiro para interpretar. Os outros são aqueles que já vimos antes, mas não sabemos muito bem aonde: a holandesa ex-bond girl Famke Janssem (Jean Grey), a precoce ganhadora do Oscar Anna Paquin (Vampira) e o capitão da nova geração do seriado Jornada nas Estrelas, Patrick Stewart (Prof. Xavier). No papel principal, de Wolverine, o desconhecido ator australiano Hugh Jackman. O fato de não ter nenhuma estrela no filme também é uma vantagem. Fica mais fácil acreditar que estes deconhecidos são dotado de poderes sobre-humanos, do que se algum deles fosse interpretado por Mel Gibson ou Sylvester Stallone. Bryan Singer, o diretor, também foi essencial para que os personagens originais não sofressem grandes alterações. Conhecido pelo seu trabalho no cult Os Suspeitos, Singer mostra segurança em sua primeira grande produção, deixando os personagens e seus traumas pessoais em primeiro plano, não impondo neunhum ?toque pessoal?, como fez Tim Burton com Batman. Um ótimo roteiro, um bom elenco e uma direção que sabe o que faz e não se mete no que não é seu, acabam resultando em um bom filme de ação, para ser visto comendo pipoca num cinema com uma grande tela. Para quem já conhece a história dos quadrinhos, vale a pena assistir para conferir o que talvez seja a melhor transposição das páginas coloridas para a película. E para quem nunca ouviu falar de mutantes, Wolverine, Jean Grey ou Magneto, esta pode ser uma boa oportunidade de conhecer o universo fantástico de Stan Lee, a verdadeira razão do sucesso do filme.

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