Will Smith: ‘Aos 17 anos, já sabia o que era ser agredido pela polícia’, diz ator no Brasil

Wll Smith está no País para falar de Bright, a nova ficção da Netflix que estreia no dia 22 de dezembro

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Por Pedro Antunes
Atualização:

Will Smith, em Bright, o novo filme da Netflix, que entra em catálogo no sistema de serviço por streaming no dia 22 de dezembro, está em um papel invertido.

Will Smith, em encontro com jornalistas da América Latina, em São Paulo Foto: Pedro Saad /Netflix

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Ele, em visita ao Brasil para participar da Comic Con Experience (também conhecida como CCXP), no último domingo, 10, e em uma entrevista coletiva realizada com jornalistas do Brasil e da América Latina, nesta segunda, foi colocado a falar sobre seu personagem no longa de David Ayer, o oposto daquilo que viveu no fim da adolescência e na vida adulta. 

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Na trama, Will é policial racista Daryl Ward, um humano em um mundo fantasioso, meio O Senhor dos Anéis, com orcs, fadas, elfos e varinhas de condão super poderosas. 

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“Foi muito interessante”, refletiu o astro Um Maluco no Pedaço, Homens de Preto, Eu, Robô e À Procura da Felicidade, entre tantos outros. Em um momento de reflexão, Smith conta que “aos 17 anos, já fazia dinheiro e tinha carros legais”.

“Cresci como um afro-americano”, conta. “Eu sei como é ser agredido pela polícia. Então, foi interessante viver esse outro lado.” 

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Bright se passa em um futuro alternativo, repleto de criaturas fantásticas. As lentes de Ayer, quem dirigiu Smith em Esquadrão Suicida, mantém uma visão muito crua dessa Los Angeles de um futuro não tão distante.

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Roteirista de Dia de Treinamento, ex-fuzileiro naval e alguém criado em uma região perigosa de Los Angeles, o diretor coloca Smith e seu companheiro de viatura Nick Jakoby, interpretado por Joel Edgerton, o primeiro orc a se juntar às forças policiais, em rondas por guetos e becos sujos e escuros.

Smith, agora, é quem tem atitudes racistas. Os orcs são as criaturas que sofrem com desrespeito, falta de oportunidade e segregação.

“Foi interessante ser o personagem que estava mais elevado na hierarquia social, procurando alguém para colocar para baixo e mostrar a superioridade”, explica Smith. “Mas tomamos cuidado para não ficar tão pesado. O divertido dos efeitos especiais é que você consegue falar de coisas que não conseguiria falar.”