Weinstein renuncia a posto no conselho de administração do próprio estúdio

O produtor tem sido alvo de denúncias de agressão sexual desde o começo de outubro

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Por EFE
Atualização:
Após acusações de agressão sexual, o produtor também foi expulso da Academia de Hollywood. Foto: Richard Shotwell/Invision/AP

O produtor Harvey Weinstein, envolvido em um escândalo de agressões sexuais contra atrizes e modelos, renunciou nesta terça-feira a seu posto no conselho de administração de seu estúdio de cinema, The Weinstein Company.

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Weinstein foi demitido no último dia 8 da copresidência do conselho de administração da empresa que fundou junto com o irmão, Bob, mas até agora continuava na direção, segundo a revista "Variety".

O conselho se reuniu hoje em Nova York para ratificar a saída de Weinstein, que ainda possui 23% da companhia, e debater uma possível venda da mesma, de acordo com o portal "The Hollywood Reporter".

The Weinstein Company vive agora a possibilidade de uma batalha legal com o ex-presidente, que alega que sua demissão foi ilegal e a atribuiu a tensões entre os diretores do conselho restante e Bob Weinstein em torno da possível venda do estúdio.

No começo de outubro, reportagens do jornal "The New York Times" e da revista "The New Yorker" revelaram o escândalo protagonizado por Harvey, também cofundador da produtora Miramax e cujo histórico de abusos sexuais chegaria a décadas.

Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Mira Sorvino, Ashley Judd, Lea Seydoux e Asia Argento são algumas das mulheres que denunciaram publicamente o produtor por comportamentos inadequados ou agressões sexuais.

A polêmica sacudiu Hollywood, onde, nos últimos dias, dezenas de celebridades se pronunciaram sobre suas experiências de abusos.

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Ontem, um dos membros do conselho de administração da The Weinstein Company, Tarak Ben Ammar, disse que o estúdio tinha chegado a um acordo preliminar com o fundo de investimentos americano Colony Capital e estava negociando sua venda.

Entretanto, na sexta-feira Bob Weinstein tinha desmentido essa possibilidade. "Nossos bancos, sócios e acionistas estão apoiando completamente a nossa companhia, e é falso que a companhia ou a direção estejam avaliando uma venda ou um fechamento", declarou o cofundador em um comunicado.

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