Travolta e Uma Thurman dançam juntos novamente

Onze anos depois de Pulp Fiction, eles dividem a pista em Be Cool, ao som de versão de Insensatez, e falam sobre a experiência

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Por Agencia Estado
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Eles tiveram um dos encontros mais legais já vistos no cinema, pelo menos até o momento em que ela tomou uma overdose de heroína e ele teve de enfiar uma injeção da adrenalina em seu coração. Onze anos depois de Pulp Fiction, de Quentin Tarantino, John Travolta e Uma Thurman estão de volta às pistas de dança em Be Cool, uma seqüência do longa estrelado por Travolta, em 1995, O Nome do Jogo. Travolta reaparece como o produtor Chili Palmer, desta vez abandonando a indústria do cinema para tentar a vida no ramo da música. Uma interpreta Edie, proprietária de uma pequena gravadora para onde Chili leva sua última descoberta, uma cantora e compositora com a voz de um anjo e o rosto de uma diva pop. Um romance mais convencional que o de Mia e Vincente, personagens dos dois em Pulp Fiction, surge entre Chili e Edie, que também dançam juntos, mas, desta vez, ao som de Sexy, do Black Eyed Peas´, que utiliza samples da música Insensatez, de Vinícius de Moraes e Tom Jobim. Travolta, de 51 anos, e Uma, de 34, deram a seguinte entrevista à agência internacional The Associated Press: O que fez com que Vincent e Mia ficassem tão bem juntos? Travolta: Certamente a imaginação de Quentin. Uma: E ela é uma louca, ele um drogado, não há conflito. Ninguém está tentando ocupar o lugar de ninguém. Vocês dois acharam que tiveram química instantânea? Uma: Eu nunca imaginei ficar perto de John quando nos conhecemos, eu tinha 23 anos, nunca imaginei que tínhamos tanta química nas telas. Travolta: Eu não acho que é uma coisa que se possa prever. É inata. Uma: E muitas vezes, pessoas têm muita química na vida real, como pessoas que estão apaixonadas e se tornam amantes, e acabam não tendo química nenhuma na tela. Casais geralmente são chatos de se ver. Vocês conseguiram voltar à velha química quando começaram a gravar Be Cool? Travolta: Eu tenho que dizer, eu não percebi. Eu tenho uma afinidade inata com a Uma. Quando a vejo, não consigo esperar para falar com ela, para colocar os assuntos em dia. Eu fico confortável. Qual o efeito disso em quem está assistindo eu não sei como explicar, mas eu sei como me sinto. Uma: Isso é verdade. O que foi realmente adorável em fazer esse filme foi começar de um lugar com mais confiança, um senso de união e tempo. Uma, você ficou intimidada em dançar com o cara que fez Os Embalos de Sábado à Noite? Uma: Sempre. Quando tenho sorte, passo a maior parte do tempo sendo intimidada ou inspirada. Isso é quando estou bem. Isso significa que eu estou escolhendo os parceiros certos na vida. ... Eu nunca tive nenhum nível avançado de treinamento em dança. Eu sou apenas uma grande fã e sempre fantasiei com dança, apesar de ser tímida. Você está trabalhando com Matthew Broderick e Nathan Lane no remake de Os Produtores, de Mel Brooks. Você canta e dança no filme? Uma: Eu danço todos os dias agora. Estou no céu. Estou tendo uma ótima experiência. Travolta: Você está dançando sozinha ou com pessoas? Uma: Eu tenho um número meio Ginger Rogers com Matthew. É um número de dança de amor. Ele meio que canta uma música para ele mesmo, e ela, a grande loira burra sueca, está tentando chamar a atenção dele. Ela está confortável, ela sabe do que gosta e ela gosta dele, tenta chamar a atenção dele, e eles têm uma seqüência mágica de dança. Travolta: Estou com inveja. Eu adoraria fazer isso. Uma: É de morrer. Você já fez, então sabe. Chili diz que a música é mais difícil que o cinema, John, você já gravou discos. O que é mais difícil? Travolta: Música é mais difícil. É mais volúvel. Você pode estar aqui apenas para um sucesso. É um ramo mais gângster, mas mafioso. Nós exageramos isso no filme, mas há uma verdade nisso. Eu acho que a indústria do cinema é mais como o colarinho branco.

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