Trajetória de Darcy Ribeiro vai virar filme

Projeto é do diretor Sílvio Tendler e do ator Marcos Palmeira, que acabam de lançar o documentário Oswaldo Cruz, o Médico do Brasil

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Por Agencia Estado
Atualização:

A parceria entre o cineasta Sílvio Tendler e o ator Marcos Palmeira no documentário Oswaldo Cruz, o Médico do Brasil, que acabam de lançar, pela Fundação Banco do Brasil, deve render novos frutos. Os dois têm agenda lotada nos próximos meses, mas planejam juntos uma biografia de Darcy Ribeiro, nos moldes de Oswaldo Cruz, só que longa-metragem, para meados 2004. Até lá Palmeira estrela Celebridade, a próxima novela das 21 horas, da Rede Globo, e Tendler finaliza três outros documentários: Milton Santos, a Globalização Vista do Lado de cá, Utopia e Barbárie, sobre a geração que tinha 18 anos em 1968 e um terceiro sobre os 30 anos do golpe militar do Chile, que se completam em 11 de setembro. Oswaldo Cruz tem 27 minutos e uma narrativa nada tradicional. Não usa cenas, fotos ou outras imagens de época e atores representam os personagens que contam a história em cenários assumidamente falsos. Marcos Palmeira interpreta Oswaldo Cruz. É o segundo personagem histórico vivido por ele, que foi também o compositor Heitor Villa-Lobos, na cinebiografia dirigida por seu pai, Zelito Vianna. "Villa e Oswaldo Cruz são dois grandes personagens, com visões parecidas do Brasil e muito próximas do que eu penso. Com Darcy Ribeiro tenho mais afinidades, porque ele era amigo de meu avô e minha irmã fez muitos documentários com ele. Será difícil representar tudo o que ele significa para o País", diz o ator. Oswaldo Cruz entra num circuito alternativo, mas nem por isso tem números menos robustos. Custou R$ 200 mil (fora a pesquisa de quase dez anos) e o DVD sai com 6 mil cópias, acompanhadas de um livro, a serem distribuídos em escolas e outras instituições públicas do País, além de ter exibição franqueada às emissoras que estiverem interessadas. "Ao contrário dos outros cineastas, que avisam no início dos filmes que a reprodução é proibida, eu quero que todo mundo use e abuse desse documentário", provoca o cineasta. "Sempre houve interesse do brasileiro em autoconhecer-se, saber de sua história, mas antes havia um medo que não existe mais. Então, quanto mais gente vir os meus documentários, melhor."

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