Tesouros do cinema para ver em casa

Na quarentena, não faltam boas opções de clássicos para assistir

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Sempre uma mina de ouro para os cinéfilos, o site belasartesalacarte.com.br acrescentou mais duas preciosidades que se encontram de cara ao acessar o endereço, listadas como as novidades do cardápio. Um dos filmes mais importantes da fase internacional do italiano Michelangelo Antonioni, O Passageiro – Profissão: Repórter, de 1975, e Pelle, o Conquistador, de Bille August, que venceu a Palma de Ouro de 1988, pela Dinamarca.

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Passageiro

Após o sucesso de público e crítica de Blow-Up, Depois Daquele Beijo, de 1967, Antonioni, o mestre da solidão e da incomunicabilidade, tornou-se cidadão do mundo. Filmou nos EUA (Zabriskie Point), na China. Esse filme ele fez na Espanha, e na África. Jack Nicholson é o repórter que troca de identidade com um homem morto. Espera recomeçar a vida, mas uma conspiração ligada à venda de armas e, sobretudo, a alienação dos sentimentos, o tema favorito do autor, complicam o plano. Preste atenção na longa tomada final, e tente descobrir como Antonioni fez aquilo. A câmera simplesmente passa, sem corte, pelas grades da janela.

Pelle, o Conquistador

No ano em que Sônia Braga fez a montée des marches com Robert Redford (Rebelião em Milagro) e Clint Eastwood concorreu com Bird, ninguém foi páreo para a Cicciolina, que também subiu a escadaria, mas com os seios à mostra. Foi também o ano de Bille August, que ganhou a Palma de Ouro pela história dos imigrantes suecos que fogem da grande fome e tentam reconstruir a vida na Dinamarca. A dureza e o sofrimento filtrados pelo olhar do garoto, a presença de Max Von Sydow. August ganhou também o Oscar e o Globo de Ouro, e se inscreveria depois no reduzido grupo dos vencedores de duas Palmas com As Melhores Intenções.

Terra Espanhola

Na verdade, são três grandes destaques – e também novo no cardápio é o documentário de Joris Ivens, de 1937, sobre os republicanos na Guerra Civil Espanhola. Ernest Hemingway colaborou na escrita e Orson Welles, quatro anos antes de Cidadão Kane, é o narrador, mas o que impressiona é o olhar realista e engajado do realizado

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