
22 de março de 2013 | 21h15
O filme "Phil Spector", feito pelo dramaturgo David Mamet para o HBO, com exibição programada para domingo, explora todas essas facetas, mas sua abordagem para o julgamento do produtor fonográfico em 2007 se revelou tão polêmica quanto o crime em si.
Spector, fã de perucas e armas, foi o criador da técnica de gravação conhecida como "parede de som" na década de 1960. Aos 73 anos, ele cumpre pena pelo assassinato da conturbada atriz Lana Clarkson, ocorrido em 2003, e não colaborou com o projeto do filme.
Al Pacino interpreta Spector nas semanas que antecederam ao seu primeiro julgamento, em Los Angeles. O júri na ocasião não chegou a um acordo. Spector, que se declarou inocente e não depôs no processo, acabaria sendo condenado em um segundo julgamento, em 2009.
O filme de Mamet começa com um intrigante aviso de que se trata de "uma obra de ficção ... não baseada em uma ‘história real'".
Parentes de Spector e de Clarkson e críticos de TV recriminaram essa abordagem.
"É quase impossível passar a noção de que ‘Phil Spector' é uma ‘ficção', o que - dada a meticulosa recriação dos fatos, chegando às loucas perucas do produtor musical - soa mais como um temor a posteriori de processos por difamação do que qualquer outra coisa", escreveu Brian Lowry em crítica na Variety.
(Reportagem de Jill Serjeant)
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