Martin Ritt fez grandes filmes nos anos 60, sua melhor fase, quando pôde se beneficiar da liberalização em Hollywood para atacar assuntos proibidos - e que uma década antes o haviam levado à lista negra do macarthismo. Mais para o fim de sua carreira, Stanley e Íris - às 18 horas no Telecine Cult - mostra um Martin reformista, e não radical como o de Ver-te-ei no Inferno, de 1970. Jane Fonda faz a mulher dedicada que ensina Robert De Niro a ler e escrever. Um filme sobre o analfabetismo no país que já era o mais poderoso do mundo, em 1990, não deixa de ser interessante, mas Ritt cede, aqui, a uma certa demagogia, que nem o empenho dos atores consegue ocultar. De Niro, em especial, é maravilhoso, mas o filme não é.