Tédio dos discursos deve ser espantado da festa do Oscar

Organizadores querem fazer um festão na 79º edição do evento, no domingo

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Por Agencia Estado
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Os organizadores do Oscar esperam que os maiores astros e estrelas de Hollywood se descontraiam e se divirtam durante a entrega dos prêmios da Academia neste domingo, 25, conferindo um brilho revigorante à cerimônia de mais de três horas de duração, que tende a ficar cansativa. A produtora do Oscar Laura Ziskin aposta em discursos curtos, astros jovens, música e comédia, com a apresentadora Ellen DeGeneres, para mudar a atmosfera. Mas é possível que a disputa sem favoritos pela estatueta de melhor filme, que inclui Pequena Miss Sunshine e Os Infiltrados, mantenha os altos teores de drama na noite do Oscar. "Queremos fazer uma grande festa, uma grande comemoração", disse Ziskin aos repórteres na sexta-feira, 23. O Oscar é concedido anualmente pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. O prêmio, que em 2007 chega à 79ª edição, tornou-se o mais importante do cinema mundial e é cobiçado por diretores, atores e atrizes de todo o mundo. Mas com freqüência a cerimônia descamba para longos e chatos discursos de agradecimento, nos quais os vencedores agradecem agentes, empresários, motoristas de limusines e muitas figuras de bastidores de Hollywood que pouca gente conhece. Ziskin disse ter advertido os indicados que, caso seus discursos se prolonguem demais, eles serão interrompidos por música para deixarem o palco. Ela instalou numa câmera nos bastidores, batizada de "Câmera-do-Obrigado", onde eles poderão agradecer a quem quiserem. Os produtores esperam que os vários astros jovens que apresentarão prêmios, entre eles Jack Black, Kirsten Dunst e Tobey Maguire, atraiam um público mais jovem, que assiste cada vez menos a cerimônia. Em 2006, o Oscar foi assistido por 38,8 milhões de pessoas nos Estados Unidos, terceiro ano consecutivo de queda da audiência. Sem favoritos Não há favoritos para vários prêmios, incluindo o de melhor filme. E isso deve aumentar a tensão no Kodak Theatre em Hollywood, onde acontece a cerimônia. Na categoria melhor filme, o thriller Os Infiltrados de Martin Scorsese e a comédia Pequena Miss Sunshine enfrentam a dura competição do drama de culturas Babel, da saga japonesa na Segunda Guerra Mundial Cartas de Iwo Jima e de A Rainha, sobre a família real britânica num momento de crise. Helen Mirren é a mais cotada para receber o Oscar de melhor atriz por sua interpretação da Rainha Elizabeth 2 em A Rainha, e Martin Scorsese é o favorito à estatueta de melhor diretor por Os Infiltrados. Mas essas parecem ser as duas únicas barbadas, dizem os especialistas. A batalha pelo prêmio de melhor ator é travada por Forest Whitaker, que faz o ditador Idi Amim em O Último Rei da Escócia, e o veterano Peter O´Toole, em sua oitava indicação como um velho ator apaixonado por uma jovem em Vênus. A estatueta de ator coadjuvante é disputada por Eddie Murphy, que faz um cantor de soul em Dreamgirls, e Alan Arkin, interpretando um avô irascível em Pequena Miss Sunshine. O prêmio de melhor atriz coadjuvante deve ir para Jennifer Hudson, como uma cantora rejeitada em Dreamgirls, mas muitos dizem que a garota de 10 anos Abigail Breslin, de Pequena Miss Sunshine, e a mexicana Adriana Baraza de Babel têm chances.

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