28 de dezembro de 2016 | 06h00
Fundada por Len Meledrandi em 2007, a Illumination Entertainment tornou-se rapidamente uma das maiores empresas de animação dos EUA (e do mundo), alinhando sucessos como Meu Malvado Favorito 1 e 2, Minions, Pets – A Vida Secreta dos Bichos e agora Sing – Quem Canta Seus Males Espanta. Seu forte não é a animação, propriamente dita, porque a Illumination não chega a inovar muito do ponto de vista gráfico, mas um olhar que nunca é dos mais corretos sobre o estado do mundo.
Os minions, por exemplo, são aqueles seres minúsculos – e amarelinhos – que servem aos gênios do mal. Os ‘pets’ não são exatamente docinhos, quando longe do olhar dos donos, e por aí vai. O conceito de Sing é disneyniano – animais humanizados – na forma, mas não no fundo. O desenho, embora antropomórfico, não segue os moldes da Disney e a galeria de personagens beira o bizarro. Há um personagem central, que cataliza os demais, mas não é bem um protagonista.
Dono do teatro que herdou do pai, o coala Moon é pintado como um desastre. Nada do que faz dá certo. Sua secretária só aumenta a confusão. Moon tem a ideia brilhante de criar um show musical para calouros, mas a secretária erra o valor do prêmio, que salta de US$ 1 mil para US$ 100 mil, que ele não tem. A quantia atrai um monte de gente, ou de bichos. Um porca insatisfeita com a vida de dona de casa, um gorila cujo pai quer que ele seja criminoso, um ratinho metido a Sinatra, uma elefanta tímida etc. O resultado é irresistível, e para isso contribui a trilha. Na versão com legendas, os bichos falam, e cantam, com as vozes de Matthew McConaughey, Reese Wittherspoon, Scarlet Johannson etc. Nas dubladas, Sandy, Wanessa Camargo, Fiuk.
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