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Sexo com humor e sotaque francês em O Prazer é Todo Meu

É de sexo e orgasmo que a francesa Isabelle Bróué fala em sua comédia. O filme diverte e oferece uma alternativa mais franca à abordagem do amor e do sexo

Por Agencia Estado
Atualização:

Acostumado à enxurrada de comédias românticas com que Hollywood entope o mercado brasileiro e mundial, o espectador pode agora testar um outro modelo desse gênero de filme. O Prazer É Todo Meu estréia hoje na cidade. É uma comédia francesa de Isabelle Broué. O ´prazer´ do título já indica alguma coisa. Pois é de prazer físico, de sexo e orgasmo, que Isabelle fala. Louise, a protagonista interpretada por Marie Gillian, não perdeu o namorado, mas o clitóris. Exatamente. Numa cena, vão ela e o amigo gay procurar no dicionário o significado da palavra. Descobrem que a mulher possui, como diz o Aurélio francês, um pênis que cresce para dentro e que é fonte do seu prazer. Marie perdeu o dela. Na primeira cena, ela é uma amante ardente, mas aí tem uma conversa com a irmã, que lhe diz que não tem tanto prazer assim e finge para o cunhado. Louise esperneia, diz que é o fim, a irmã retruca, diz que o afeto é mais importante que o prazer. Na cena seguinte, de novo na cama com o amante, Louise descobre que não sente mais nada. Está fria como mármore. Perdeu o clitóris. A busca pelo dito cujo é o tema da diretora Isabelle Broué. Ela repercute em tudo. Na vida profissional de Louise, no seu grupo familiar. A irmã, a mãe, as duas partem em busca do prazer. Louise vai a um sexólogo, a um curandeiro. Comete todo tipo de loucuras. Como é radialista, expõe o caso no ar. A todas essas, o namorado, François, ainda ronda por ali, tentando reconquistar a mulher que ama, mas ela só quer o prazer. Isabelle fez uma comédia que talvez possa ser definida como uma bobagem, mas serve de veículo para que ela diga duas ou três coisas interessantes sobre o relacionamento hetero, o homo e a busca do prazer. Algumas cenas são insólitas. A visita à sex shop, a de Louise de pernas abertas diante do sexólogo, a quem encomenda uma sessão de sexo oral, para descobrir que não está funcionando. No fim, o sentimento prevalece e ela redescobre o clitóris, de uma maneira que vale conferir. O Prazer É Todo Meu não vai entrar para a história, muito menos a do cinema, mas diverte e oferece uma alternativa mais franca à abordagem do amor e do sexo não apenas nas comédias românticas de Hollywood, mas também em séries mais desbocadas como Friends e Sex and the City. O Prazer É Todo Meu (82 min.) - 16 anos. Bristol 3 - 13h45, 15h45, 17h45, 19h45, 21h45 (6.ª e sáb. também 23h59). Iguatemi Cinemark 2 - 11h10, 13h10, 15h20, 17h20, 19h20, 21h30 (6.ª e sáb. também 23h40). Lumière 1 - 13h, 15h, 17h, 19h, 21h. Market Place Playarte 2 - 13h45, 15h45, 17h45, 19h45, 21h45 (6.ª e sáb. também 23h59). Cotação: Regular

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