PUBLICIDADE

Sean Connery só vai a Hollywood para novo Indiana Jones

Ele disse ter discutido com George Lucas e com Steven Spielberg sobre fazer um quarto episódio da saga, mas revelou que Lucas não pareceu entusiasmado

Por Agencia Estado
Atualização:

O ator britânico Sean Connery se disse decidido a abandonar definitivamente Hollywood, após um ataque em regra a diretores e produtores incompetentes e à indústria do cinema em geral. O primeiro ator a representar o agente James Bond só se mostrou disposto a abrir uma exceção no seu adeus. Ele pode reconsiderar a decisão se receber um convite de George Lucas para repetir seu papel de pai de Indiana Jones, informa neste sábado, 26, o jornal The Times. Connery disse ter discutido tanto com Lucas quanto com Steven Spielberg a possibilidade de fazer um quarto episódio da saga, com roteiro de Tom Stoppard. Mas revelou que Lucas não pareceu entusiasmado com a idéia. Spielberg e Lucas parecem ter idéias divergentes sobre um eventual novo filme do aventureiro, segundo o ator. Connery, que na sexta-feira completou 76 anos e recebeu na capital escocesa um prêmio da Academia Britânica de Cinema e Televisão, criticou especialmente seus dois últimos filmes para Hollywood. Ele disse que não pretende participar de mais nenhuma produção americana. Ao comentar "A Liga Extraordinária" (2003), o ator escocês chamou o diretor, Stephen Norrington, de "louco". "Era um jovem entusiasta. Além disso, achei que ninguém ganharia US$ 84 milhões para ir a um lugar maravilhoso como Praga à toa", afirmou com ironia, lembrando as cenas filmadas na capital tcheca. Connery criticou também a produção anterior, "Os Vingadores". Para ele, foi uma boa série de TV. Mas, ao falar do produtor, Jerry Weintraub, um veterano dos filmes de ação de Hollywood, usou um termo ofensivo. O ator confessou que tinha batido de frente com o realizador, Jeremiah S. Chechik, porque sabia que todas as más idéias dele eram na realidade sugestões do produtor. Connery insistiu que não tem problemas com os diretores em geral. Mas opinou que "um filme não pode se sustentar sem um bom roteiro e um diretor disciplinado, que entenda os atores".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.