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Rio BR 2002 anuncia programação

Maratona no Rio terá cerca de 400 filmes distribuídos em 17 mostras, entre eles alguns dos mais comentados do ano, como os novos de Almodóvar e Woody Allen

Por Agencia Estado
Atualização:

Serão mais de 400 filmes distribuídos em 17 mostras, que serão exibidas em 25 salas. O Festival do Rio BR 2002, que começa em 26 de setembro e vai até 10 de outubro, vai trazer ao País alguns dos melhores filmes produzidos este ano, em todo o mundo. Alguns? As três mosqueteiras que organizam a mostra carioca (Ilda Santiago, Walkíria Barbosa e Wilma Lustosa) fazem de tudo para que o evento seja a vitrine do que de melhor se fez no mundo, em matéria de cinema, no ano. E o bom é que, logo depois do Festival do Rio BR, começa, em 17 de outubro, a Mostra Internacional BR de Cinema São Paulo. Você já viu, não é? BR lá e cá. Sem a distribuidora da Petrobras, não se faz cinema no País - seja produção, distribuição ou esses megaeventos que projetam o Brasil no mundo e fazem do Rio e de São Paulo capitais do cinema. Pode-se alegar que, por meio dessa espetacular estratégia de patrocínio cultural, a holding Petrobras e suas subsidiárias estão tentando pôr panos quentes nas freqüentes denúncias sobre danos ao meio ambiente. É verdade, mas ao entrar no cinema você dificilmente vai pensar nisso. Vai querer ver os filmes. O Festival do Rio BR 2002 já anunciou os filmes que integram a mostra competitiva Premiere Brasil (sete ficções, cinco documentários e 14 curtas), que vão concorrer aos prêmios das três categorias. O público escolhe e a BR Distribuidora, a título de incentivo à comercialização, oferece R$ 200 mil para a melhor ficção, R$ 100 mil para o melhor documentário e R$ 10 mil para o melhor curta. Você também já sabe quem será o homenageado com uma noite especial, este ano. É o cineasta paulista (de vanguarda) Carlos Adriano. Veja agora a lista com algumas pérolas que integram a programação do Festival do Rio BR 2002. O Panorama do Cinema Mundial vai trazer filmes de grandes diretores ou que se destacaram nos grandes festivais internacionais: Hollywood Ending, de Woody Allen, Fale com Ela, de Pedro Almodóvar, Vendredi Soir, de Claire Denis, Laissez Passer, de Bertrand Tavernier, Amém, de Costa-Gavras, Lucky Break, de Peter Cattaneo (o diretor de Ou tudo ou nada) , The Cat´s Meow, de Peter Bogdanovich. Outra mostra, sugestivamente intitulada Expectativa 2002, vai exibir os filmes de diretores que despontam no circuito internacional. São, por assim dizer, apostas que o Festival do Rio BR 2002 faz, antecipando que esses diretores se tornarão grandes nomes do cinema no futuro próximo. O coreano Jeong Jae-eun (Take Care of My Cat), o italiano Carlo Ponti (Santa Maradona), a canadense Lynne Ramsay (Morvern Callar) e o cineasta do Curdistão Jano Rosebiani (Jiyan). Anote esses nomes. Anote também esta outra mostra: Foco Alemanha. Ela vai exibir 25 títulos da nova safra do cinema alemão. Heaven, de Tom Tykwer, o diretor de Corra, Lola, Corra, com Cate Blanchett e roteiro de Krzystof Kieslowski, é um dos destaques da seleção, com Getting My Brother Laid, de Sven Taddicken, e Halbe Treppe, de Andreas Dresen. A curiosidade dessa mostra é o filme Eclipse, de Herbert Brodl, que conta com a participação de atores brasileiros: Matheus Nachtergaele e Betty Gofman. E existem as mostras cults do Festival do Rio BR. Midnight Movies exibe filmes experimentais, além de ser o canto das bizarrices e transgressões do festival. Foi nesse horário que passou Scarlet Diva, de (e com) Asia Argento, no ano passado. Este ano os títulos dão idéia do que vai rolar: Sacanagem não Tem Idade, de Michel Reilhac, Absolute Warhola, de Stanislaw Mucha, que investiga a origem do mito Andy Warhol, e Dogtown and z-boys, de Stacy Peralta, sobre o universo dos skatistas. Mundo Gay trará dois títulos destinados a provocar polêmica: Drags não Mentem jamais, de Rosa Von Praunheim, e All the Queen´s Men, de Matt Leblanc, animação baseada em quadrinhos hardcore japoneses. A Premiere Latina, com o melhor da produção latino-americana, vai exibir 25 títulos, entre eles dois do México: Japón, de Carlos Reygadas, um filmaço que arrebentou em Roterdã, Berlim e nas sessões do mercado em Cannes, e A Virgem da Luxúria, o novo filme de Arturo Ripstein. Na Geração Futura, com filmes para crianças, um programa especial - Vídeo Geração - vai permitir que os próprios espectadores mirins façam seu filme.

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