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Rio abre sua 11.ª Mostra Curta Cinema

Por Agencia Estado
Atualização:

Três filmes nacionais (Meu Amigo Zé Keti, do veterano Nelson Pereira dos Santos, e A Breve História de Cândido Sampaio, do estreante Pedro Carvana), e três estrangeiros (Chickens, da Irlanda; Stopped, norueguês, e Gina, Atriz, 29 anos, vencedor do Festival de Sundance, em 2001), abrem nesta quinta-feira à noite, no Cine Odeon, a 11.ª Mostra Curta Cinema, que exibirá 220 títulos em 17 mostras. Até 9 de dezembro, Rossine Freitas e Aylton Franco Jr., criadores do evento em 1992 pretendem dar um painel da produção nacional e internacional. Eles sabem que é difícil porque privilegiam a qualidade. "Não queremos quantidade e sim manter um nível na programação. Desde 1992, a produção de curtas aumentou, especialmente no Brasil, e a qualidade acompanhou o crescimento", diz Franco Jr. curador do festival com mais sete especialistas. Para ele, o barateamento com as novas tecnologias foi importante, mas o incentivo das leis de patrocínio federais e estaduais foi fundamental nessa evolução. "Hoje, o curta-metragem encontra lugares de exibição, o que é muito importante." A solicitação, nacional e estrangeira, de produtores e diretores para participar da mostra é o melhor sinal de que a iniciativa é vitoriosa. "Recebemos 118 filmes brasileiros e 650 estrangeiros para selecionar. Há desde produções com 1 minuto a outras com 40 minutos, às vezes consideradas médias-metragens", ensina Franco Jr. As sessões terão, em média, 90 minutos, em dois cinemas no centro (no Museu da Imagem e do Som e no Centro Cultural Banco do Brasil) e um na zona sul (Espaço Unibanco, em Botafogo). Três longas culturais em Anchieta, Vista Alegre e Bangu (na zona oeste) também terão sessões nos fins de semana. "A idéia é levar produções nacionais e mostrar para quem tem pouco cinema que curta é muito legal." Cinéfilo de carteirinha, Franco Jr. indica curtas de diretores consagrados (na mostra Grandes Diretores em Pequenas Doses), a produção premiada em festivais importantes (Programa Prêmio Kieslowski, da França), cinematografias pouco freqüentes nas nossas telas (Portugal - Geração Curtas) e a obra do indiano Satyajit Ray. "A Índia tem uma produção maior do que a americana, mas voltada para o mercado interno e pouco exportada", informa o promotor da Mostra Curta Cinema. Na programação nacional, ele se rende ao bairrismo. "Há títulos muito interessantes na mostra Carioca, embora nosso objetivo seja mostrar a excelente produção fora do eixo Rio-São Paulo." Organizar a Mostra é trabalho para o ano todo. Franco Jr. e Rossini Freitas começam a seleção no início do ano, participando do festival de Clermont-Ferrand, na França, o maior evento do gênero. Simultaneamente, buscam patrocínio para o orçamento acima de R$ 500 mil. "Captamos R$ 430 mil este ano. A Petrobras entrou com a maior parte, mas houve também apoio do CCBB, da Rioarte e do Fundo Nacional de Cultura", diz Franco Jr.

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