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Renee Zellweger interpreta mulher traída à caça de novo marido

Por MIKE COLLETT-WHITE
Atualização:

Renee Zellweger corteja um empresário falido, um coronel cruel e um "casador serial" maluco numa nova e comovente comédia baseada aproximadamente na infância do ator de Hollywood George Hamilton, nos anos 1950. A personagem da atriz, Ann Devereaux, deixa seu marido quando o flagra na cama com outra mulher e parte com seus dois filhos numa viagem de carro pela América, em busca de um homem para tomar seu lugar. Embora a experiência de Hamilton aos 15 anos tenha sido o ponto de partida do filme, boa parte da narrativa de "My One and Only", durante a qual a mãe espalhafatosa compra um Cadillac e dirige de cidade a cidade, é fictícia. Em dado momento, Devereaux se aproxima de um potencial pretendente num bar de hotel. Acaba descobrindo que ele é um detetive à paisana e é presa, acusada de tentar atrair cliente para prática de prostituição. "My One and Only" faz parte da competição principal do Festival de Cinema de Berlim, e, a julgar pela reação calorosa na sessão em que o filme foi exibido para a imprensa, na quinta-feira, é candidato sério ao prêmio de melhor filme. O festival termina no sábado, 14 de fevereiro. ESTADOS UNIDOS NA DÉCADA DE 1950 O filme recria o visual e o clima dos EUA nos anos 1950, com a Guerra Fria como pano de fundo e um clima de enorme entusiasmo por "avanços" sociais como refeições congeladas para serem consumidas enquanto se assiste à TV. Zellweger disse que se beneficiou do fato de o filme ser ambientado 50 anos atrás. "Foi divertido brincar com as oportunidades limitadas que as mulheres na América tinham naquela época", disse ela. "Era fácil ser irreverente na América dos anos 1950." Boa parte do humor e da profundidade do filme vem da dinâmica entre a mãe e seus dois filhos, Robbie (Mark Rendall) e George (Logan Lerman). George se sente dividido entre sua mãe e seu pai mulherengo e bandleader (Kevin Bacon). Apesar dos reveses intermináveis que enfrenta, Devereaux conserva sua visão otimista da vida, e, mesmo não sendo uma mãe exemplar, manifesta amor e lealdade absoluta a seus dois garotos, filhos de pais diferentes. O diretor britânico Richard Loncraine disse que o filme foi incluído na programação de Berlim depois de findo o prazo final para inscrições. O filme levou dez anos aguardando para ser produzido. "Era um dos grandes roteiros não produzidos de Hollywood", disse o diretor. "Todo o mundo queria ler, todo o mundo o adorava, mas ninguém queria fazer o filme. Foi realmente difícil achar financiamento. Não havia violência nem sexo explícito."

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