"Rap do Pequeno Príncipe..." vence na Bahia

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Por Agencia Estado
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O documentário pernambucano O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas, de Paulo Caldas e Marcelo Luna, conquistou o Prêmio Glauber Rocha, o mais importante da Jornada da Bahia. O júri, formado com Lola Millás, da Cinemateca da UNAM (Universidade Nacional Autônoma do México), o cineasta cubano Rigoberto Lopez, e os brasileiros Haroldo de Oliveira (ator), Edgard Navarro (cineasta) e Rudá de Andrade (um dos fundadores da Cinemateca Brasileira), evitou o distributivismo. Mais que isto. Só atribuiu dois dos dez prêmios previstos no regulamento (categoria cinema). Além do Troféu Glauber Rocha, premiou com o Tatu de Ouro o documentário Positivo, da espanhola Pilar Garcia Elegido. A justificativa dos jurados para atitude tão drástica foi polêmica. Depois de ponderar que "o cinema é um compromisso de vida e uma responsabilidade", deram o veredito final: "Constatamos que a maioria dos filmes apresentados e aceitos em concurso não corresponde ao espírito que anima a Jornada "Por um Mundo Mais Humano", assim como consideramos precária a qualidade conceitual e artística dos concorrentes". Já o júri de vídeo, formado pela francesa Sylvie Debs, o espanhol Alejandro Gil Alvarez, e os cineastas brasileiros Camilo Cavalcanti, Gustavo Fogaça e Jaime Sautchuk, atribuiu todos os prêmios previstos no regulamento. O grande vencedor (Prêmio Walter da Silveira) foi O Relógio & a Bomba e Outros 500, de Cirineu Kuhn. Quatro prêmios Tatu de Ouro foram atribuídos a Seguir Siendo , da argentina Ana Zanotti (documental); O Rio da Minha Terra, do brasileiro Vicentini Gomes (ficcional); Cildo Meireles: A Gramática do Objeto, do brasileiro Luiz Felipe Sá (experimental); e Willian Wilson, do espanhol Jorge Dayas (animação). O Ofício Católico Internacional do Cinema e do Audiovisual (OCIC), com júri próprio (presidido pelo belga Robert Molhani), atribuiu o Troféu Jangada ao longa-metragem O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas. Três prêmios foram atribuídos por júris paralelos. O Grupo Brasil ofereceu o Troféu Mercosul a Padre Mujica, do argentino Gabriel Mariotto. A Associação Brasileira de Documentaristas optou por Testemunhas Silenciosas: Ruínas do Recôncavo, de Claude Santos. E os Estúdios Quanta premiou Caó Cruz Alves, autor de Vote Roberfino.

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