Questão do negro ganha ciclo de cinema especial

Perto do Dia da Consciência Negra, a Sala Cinemateca inicia hoje o ciclo O Negro no Cinema, apenas com produções nacionais

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Por Agencia Estado
Atualização:

Com a proximidade do Dia da Consciência Negra, no sábado, nada mais oportuno do que realização do ciclo que Sala Cinemateca inicia hoje, O Negro no Cinema, constituído apenas de produções nacionais. Joel Zito Araújo, que virou especialista na matéria, será o destaque da segunda semana, num encontro com o público. Nesta primeira semana, até domingo, o ciclo exibe os longas Amuleto de Ogum, Carnaval Atlântida, Caxambu de Santa Maria, Ganga Zumba e Chico Rei. Na segunda, Nhô Caboclo e Elo Perdido, Electra na Mangueira, Prisioneiro da Grade de Ferro. E os curtas - Nelson Sargento, Seu Nenê de Vila Matilde, Jongo, Viver a Vida, Geraldo Filme, Cafundó, Tambores de Corpos, Velório de Cartola e Churrasco de Gato. Nenhum diretor tem sido mais fiel ao tema do que Cacá Diegues, que o tratou em seu longa de estréia, Ganga Zumba, retomando-o depois em A Grande Cidade, Joanna Francesa, Quilombo e Orfeu Negro. Talvez fosse preferível se, em vez de O Amuleto de Ogum, o ciclo da Cinemateca privilegiasse outro trabalho de Nelson Pereira dos Santos - Tenda dos Milagres, que ele adaptou de Jorge Amado. Em Chico Rei, Walter Lima Júnior conta a história do lendário Galanga, rei do Congo, que se transformou em Chico Rei no arraial de Vila Rica, no século 18, ao arregimentar os escravos numa causa comum pela libertação de todos. Depois de comprar a própria alforria e a de sua família, ele continuou lutando pela libertação dos demais escravos que trabalhavam nas minas de ouro. O centro da luta era a Igreja de Santa Ifigênia, construída com ouro dos escravos. Mostra de Cinema Negro - Sala Cinemateca. Largo Senador Raul Cardoso, 207, V. Mariana, 5575-9264. De hoje a 28/11, 4.ª a domingo, 19 horas. R$ 8

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