21 de fevereiro de 2017 | 16h14
O Oscar deste ano está repleto de projetos alimentados por uma paixão e por visões profundamente pessoais que prevaleceram sobre o ceticismo, problemas de financiamento e a sabedoria convencional.
Para o favorito La La Land–Cantando Estações, que o diretor Damien Chazelle levou seis anos para concretizar, e o azarão indie Moonlight–À Luz do Luar, feito com um orçamento tão apertado que o elenco e a equipe compartilharam um trailer, o caminho tortuoso até a cerimônia só fez aumentar seu charme.
Outros filmes recentes, como Silêncio, que Martin Scorsese demorou 28 anos para fazer, e No Rules Apply, com o qual Warren Beatty flertou durante duas décadas, foram esnobados na temporada de premiações e nas bilheterias, assim como o projeto pessoal de Ben Affleck, A Lei da Noite.
Observadores dos prêmios de Hollywood dizem que isso pode ter pouco a ver com a habilidade e o comprometimento dos cineastas, mas certos projetos passionais e seus criadores encontraram uma maneira de chegar às plateias no que acabou se revelando como o momento certo, mesmo anos depois de terem sido concebidos.
"A ocasião é tudo para estes filmes e como eles ecoam. É uma questão de paixão, mas também de estar no lugar certo na hora certa", afirmou Pete Hammond, colunista do site Deadline.com.
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