PUBLICIDADE

Produtores dão prejuízo de R$ 30 milhões

Por Agencia Estado
Atualização:

Hoje inadimplente e ainda recorrendo às leis de incentivo para captar recursos, o produtor José Roberto de Luca já foi o maior titular em credenciamento de Certificados do Audiovisual. Ele conseguiu aprovar R$ 35 milhões em papéis na bolsa entre 1995 e 1997, superando até o megaprodutor Luís Carlos Barreto - que aprovou, no mesmo período, cerca de R$ 14 milhões em certificados. De Luca teve as contas de sua empresa ADL Assessoria e Consultoria recusadas pelo Ministério da Cultura e encaminhadas ao Tribunal de Contas da União. Ele diz que vai prestar contas "quando houver a possibilidade e um ambiente produtivo para um acordo" com o MinC. "Hoje eu não sinto esse ambiente", afirmou. O secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, José Álvaro Moisés, afirmou em carta ao Estado que o governo "não faz acordos". Quando encerrou as atividades da empresa ADL, o produtor, em parceria com Fábio Ferreira de Oliveira, fundou a Platô Filmes Ltda. Mudou o nome do seu projeto de documentários Cidade Cidadão para Cidade em Ação e conseguiu aprovar renúncia fiscal para fazer 20 novos filmes. Desfeita a parceria com Oliveira - que também está com as contas embargadas no MinC -, Luca tornou-se parceiro da Station Estúdio de Danças, da baiana Delma Fernandes Hermógenes, que está em processo de captação de R$ 8 milhões para um projeto sobre o Ilê Aiyê. Só que, desta feita, ele está captando via Lei Rouanet. As empresas Banco Noroeste e SBT investiram nas produções da ADL. Nas da Platô Filmes, investiram Roche, Ripasa, Banco Noroeste e SBT. Nas produções da Station, estão investindo Eletrobrás, Petrobrás, Banco Ford e Furnas. A ação lesiva de produtores inadimplentes já pode ter causado um prejuízo de mais de R$ 30 milhões aos cofres públicos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.