Possível greve de produtores já afeta cinema dos EUA

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Por Gregg Kilday LOS ANGELES (Hollywood Reporter) - Com o fim do contrato com a Associação de Atores, a indústria cinematográfica contempla, nervosa, a possibilidade de haver outra greve, embora admita que, pelo menos na produção dos filmes, uma greve já está efetivamente em curso. A Aliança de Produtores de Filmes e Televisão (AMPTP), na sigla em inglês) disse, em um relatório lançado na quinta-feira, que uma greve de fato, "limitando a exposição dos longa-metragens e atrapalhando a produção de pilotos" já começou. Um dos advogados afirmou: "Ninguém está fazendo nada que termine depois de 30 de junho, e ninguém está começando nenhum projeto agora. A greve já teve impacto". A ameaça de uma paralisação teve impacto no cronograma das produções de grandes estúdios, o que colocou a produção de alguns projetos em abril, para que as filmagens terminem antes de 30 de junho. Já alguns filmes que têm estréia marcada para datas importantes de 2009 decidiram seguir em frente e correr o risco de eventuais interrupções na produção. "Anjos e Demônios", continuação de "O Código Da Vinci", por exemplo, já foi forçado a atrasar a produção uma vez, quando o roteirista Akiva Goldsman não reviu os escritos durante a greve dos roteiristas. Com a data de lançamento adiada de 19 de dezembro para 15 de maio de 2009, as filmagens começaram neste mês, em Roma, com o diretor Ron Howard e o ator Tom Hanks em locações em Roma. Cruzando os dedos, a Columbia calcula que, se a greve forçar uma nova interrupção, a produção poderá retomar o trabalho sem prejudicar o lançamento. Já os filmes independentes não vão ser tão prejudicados, já que a Associação de Atores diz ter feito um acordo com mais de 300 produtores de filmes independentes, o que permitiria que os atores continuem a trabalhar em caso de greve. Vários produtores independentes disseram que conseguirão empregar atores mais talentosos devido à garantia de pagamento, não importa o que aconteça em relação à greve. Já as equipes de pós-produção, que mal se recuperaram da greve dos roteiristas, estão bastante preocupadas. "Acreditamos que esta vai ser ainda pior", disse Stephen Buchsbaum, presidente do Post Group.

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