Roman Polanski quer levar às telas o clássico de Charles Dickens Oliver Twist, escrito em 1838. Entre filmes, telefilmes e minisséries, as desventuras de um pobre garoto separado da família e maltratado em um orfanato do século 19 já renderam mais de 20 versões, a primeira em 1906, do pioneiro inglês J. Stuart Blackton. Mas Polanski acredita que o clássico de Dickens tem força para voltar às telona em grande estilo. Considera que as últimas versões que chegaram aos cinemas são antigas: o drama de David Lean, em 1948, e o musical de Carol Reed (Oliver!), 20 anos depois. Para fazer seu Oliver Twist, Polanski contará com roteiro de Ronald Harwood. Os dois trabalharam juntos em O Pianista, que rendeu a Polanski a Palma de Ouro de Cannes e o Oscar de direção. Esta última estatueta ele só recebeu no domingo passado, na França, mais de cinco meses após a cerimônia do Oscar em Los Angeles. Polanski não compareceu à festa porque é considerado um foragido da Justiça dos Estados Unidos, onde, em fins dos anos 70, teria mantido relações sexuais com uma jovem de 13 anos.