'Planeta 51' inverte clichês sobre invasão alienígena

Seres de outro planeta dessa vez são os humanos; paranóia de ETs dos naos 50 é retomada

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Por Redação
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O Planeta 51 parece a Terra dos anos de 1950. Com suas casinhas elegantes e eletrodomésticos combinando, os habitantes usam a moda daquela época e ouvem músicas e dançam como se vivessem 50 anos atrás. Eles seriam iguais a nós, não fosse o fato de serem verdes e terem anteninhas em suas cabeças. Ou seja, são alienígenas. Ou melhor, nós somos alienígenas, na visão deles. Como nos EUAs dos anos de 1950, o Planeta 51 vive em constante estado de alerta, medo de uma invasão de seres de outro mundo que iriam destruir a tudo e todos. Assim, a animação "Planeta 51", que estreia em todo país apenas em cópias dubladas, subverte os clichês do gênero, transformando os terráqueos em invasores. Ao centro da história está o adolescente Lem, de pouco mais de 15 anos, que acaba de conseguir o emprego de assistente do curador do planetário de sua cidade. Muito certinho, ele segue sua vida sem quebrar regras. Por isso mesmo, tem dificuldades em convidar para sair sua vizinha, Neera, sua paixão desde a infância. Esse cenário irá mudar quando o maior medo dos habitantes do Planeta 51 se concretiza: a chegada de um terráqueo. Trata-se do astronauta Chuck Baker - um americano em missão espacial cuja nave aterrissa no quintal da casa de Neera. Assustado com o que vê, o humano também foge e vai parar no planetário onde Lem trabalha. Os personagens vivem naquela paranóia típica dos EUA da década de 1950, e por isso, Chuck é visto como uma ameaça, e, quem o ajuda, como um subversivo. Ainda assim, Lem fica ao lado do astronauta e passa a ser perseguido com ele. Seu melhor amigo, Skiff, é obcecado por teorias da conspiração e vê no terráqueo uma grande ameaça até descobrir que o humano é legal, e também o ajuda. Mas o poderoso General Grawl não pensa assim e quer acabar com o invasor. A amizade que surge entre os dois personagens é uma das mensagens do filme. Como toda animação infantil, há uma lição a ser aprendida: se superarmos as diferenças, juntos poderemos fazer muito mais do que separados. Assim, Lem e Chuck vão mudar mutuamente a vida um do outro. O extraterrestre será menos tímido e nerd, enquanto o humano, primeiro conseguirá se esconder daqueles que o perseguem, para depois voltar para casa.  (Alysson Oliveira, do Cineweb)

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