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Petrobras divulga projetos de curtas selecionados

Por Agencia Estado
Atualização:

O programa Petrobras Cinema, uma das iniciativas culturais da empresa estatal, divulgou hoje, no Rio, a primeira seleção de nove projetos para a produção de curtas-metragens em 35 mm, destinados à exibição em salas de cinema. Foram escolhidos cinco filmes de ficção, dois de animação e dois de documentário. "A diversidade marcou a escolha", comentou José Carlos Avellar, coordenador do programa. Cada cineasta receberá R$ 40 mil para a produção de um curta com no máximo 15 minutos. A mesma verba e idêntica limitação na duração da metragem vão marcar o trabalho de Nelson Pereira dos Santos, o cineasta escolhido para ser homenageado, que já decidiu fazer um documentário sobre o músico Zé Kéti. "O que diferencia esse programa dos demais é que o apoio oferecido pela empresa cobre todo o processo que envolve o curta, ou seja, produção, exibição e distribuição", comenta Avellar. Assim, depois de concluídos, os filmes terão diversas formas de chegar ao público, como o Curta Petrobras no Cinema, a ser lançado em breve e que vai permitir a exibição de 50 curtas brasileiros por ano, com longas estrangeiros em cartaz. Os filmes serão selecionados por comissões de especialistas e o programa ainda negocia a parceria com diversas salas de exibição - já confirmaram 36 em 12 cidades brasileiras. Outra forma de exibição é o Curta Petrobras às Seis, que já apresenta produções nacionais em sessões diárias e gratuitas em cinco cidades - em São Paulo, são mostrados no Espaço Unibanco. A empresa negocia ainda a exibição de curtas em emissoras de televisão. A disposição da Petrobras em investir especificamente no curta-metragem (o programa dispõe de uma verba anual de R$ 4 milhões) é justificada tanto pela facilidade de produção propiciada pelo formato, permitindo mais liberdade criação, como na importância do próprio curta na história da cinematografia nacional. "As décadas de 60 e 70 foram marcadas por uma verdadeira escola de realizadores que se iniciaram nesse formato", comenta Avellar. "E, mesmo depois de criarem uma carreira formada por longas, eles sentiam necessidade de voltar ao formato mais enxuto." Forma de expressão - A lista é realmente expressiva: Nelson Pereira dos Santos, com Fala Brasília (1965); Cacá Diegues, com Cinema Iris (1974); Gláuber Rocha, com Di Cavalcanti (1977); Leon Hirszman, com Nelson Cavaquinho (1969) e Ecologia (1973). "O que prova que determinados temas não se encaixam no formato de um longa-metragem, mas no de um curta", observa Avellar. "Isso o torna uma forma de expressão única, com características próprias." Entre os selecionados, figuram nomes com experiência cinematográfica, como a diretora e roteirista Rosane Svartman, de Como Ser Solteiro, e José Eduardo Belmonte, que foi assistente de direção de Nelson Pereira dos Santos. Projetos selecionados Baseado em Fatos Reais, de Gustavo Marques Carro-Forte, de Mario Diamante Em Busca da Cor, de Telmo Carvalho Militância, de Carlos Adriano No Passo da Véia, de Jane Malaquias O Lobisomem e o Coronel, de Elvis Kleber de Arruda Figueiredo Suspiros Republicanos ao Crepúsculo de um Império Tropical, de Rosane Svartman Um Trailer Americano, de José Eduardo Belmonte Vaidade, de Fabiano Maciel

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