
22 de janeiro de 2012 | 11h06
A equipe legal e Jackson, que ajudou financeiramente na defesa dos três assassinos condenados, que agora estão fora da prisão quase 20 anos depois do crime, alegam que eles testemunharam que o padrasto de uma das vítimas era o verdadeiro assassino.
Se for provada que essa alegação é verdadeira, será preciso aguardar a ação dos promotores de West Memphis, no Arkansas, onde os assassinatos aconteceram em 1993. Até agora a promotoria manteve-se na crença de que tinha os verdadeiros culpados o tempo todo.
Mas Jackson e um dos Três de West Memphis, Damien Echols, acham que o documentário "West of Memphis" e o novo depoimento levarão a luta adiante.
"Isso tem que ser tratado", disse Jackson à Reuters no sábado no Festival de Cinema de Sundance. "Você não pode simplesmente deixar um caso de assassinato como aquele suspenso no ar."
O caso dos Três de West Memphis, que foram julgados e condenados como adolescentes por terem matado três garotos, obrigou Jackson a agir assim que soube da história perturbadora dos três jovens ligados a um assassinato horrendo e que acabaram sendo libertados da prisão em agosto de 2011.
"Eu fui assediado (quando jovem) e era visto como um pouco esquisito", disse Jackson à Reuters no sábado. "E eu vi isso acontecendo com outras pessoas, então eu quis ajudá-los."
Jackson e a diretora Amy Berg apresentaram pela primeira vez "West of Memphis" em Sundance na sexta-feira, ao mesmo tempo em que os advogados de defesa divulgaram um press-release detalhando suas novas revelações.
O documentário segue o caso que muitos acreditam ser a condenação errônea de Echols, Jason Baldwin e Jessie Misskelley, que eram adolescentes quando foram acusados de ter matado três meninos de oito anos de idade em West Memphis, no Arkansas, em 1993.
O caso ganhou fama no documentário da HBO "Paradise Lost", mas a história dos três adolescentes presos chamou a atenção de Jackson e de sua mulher, a produtora Fran Walsh, já em 2005.
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