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Pesquisa mostra impressões sobre "A Paixão de Cristo"

Segundo o levantamento, o espectador sai do cinema convencido de que foram as autoridades religiosas do povo judeu que mataram Cristo

Por Agencia Estado
Atualização:

A busca de responsáveis para a morte de Jesus já causou muita polêmica. A tendência que geralmente predomina, porém, é a que releva essa questão, uma vez que não se trata de um processo jurídico, mas sim de uma questão teológica. Quem assiste, no entanto, ao filme "A Paixão de Cristo", de Mel Gibson, sai do cinema convencido de que foram as autoridades religiosas do povo judeu que mataram Cristo. A conclusão é de uma pesquisa da Toledo & Associados, obtida pela Agência Estado, que revela a opinião do paulistano sobre a polêmica em torno do filme americano, acusado de ser anti-semita. Para 47% dos 1.320 entrevistados na sexta-feira, quando deixavam as salas de cinemas de shoppings, foram as autoridades judaicas e o povo judeu (27%) os responsáveis pelo sacrifício e a morte de Jesus. Dos que viram os filme, a maioria era formada por cristãos (católicos, 42%; evangélicos, 26%; espíritas, 6%; protestantes, 2% e batistas, 2%), enquanto apenas 1% dos entrevistados se declararam judeus. A maioria dos judeus disse que o filme de Gibson é anti-semita (63%), opinião contrária à maioria dos cristãos que assistiram ao filme. No total, 77% dos entrevistados não acharam o filme anti-semita. Entre os católicos, esse porcentual cai para 75%, mas avança para 83% entre evangélicos. Para 69% dos entrevistados, depois de ver o filme, não haverá mudanças no diálogo entre cristão e judeus. Só 12% acreditam que ele vá piorar. Do total, 37% dos entrevistados têm de 20 a 29 anos e 25%, de 30 a 39 anos. A margem de erro da pesquisa é de 2,7% para mais ou para menos.

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