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Pandemia força Festival de Cinema de Berlim a mudar de formato

Berlinale começa na segunda-feira de maneira mais discreta e transmitida para uma plateia seleta

Por Erol Dogrudogan
Atualização:

BERLIM - A Berlinale, um dos festivais de cinema mais abertos e públicos do mundo, começa na segunda-feira de maneira decididamente discreta e privada, já que será transmitido a uma plateia seleta de jornalistas e profissionais do setor, ao invés de ser exibida em cinemas lotados.

Helena Zengel posa com um dos prêmios da edição de 2019 da Berlinale Foto: Hannibal Hanschke/Reuters

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Os organizadores da 71ª edição da Berlinale, ou Festival Internacional de Cinema de Berlim, sempre se orgulharam de realizar exibições que são abertas a um público entusiasmado, ao contrário de Veneza ou Cannes, seus maiores rivais no calendário de festivais.

Este ano será diferente por causa da pandemia de Covid-19.

"É um golpe forte", disse Scott Roxborough, chefe da redação europeia da Hollywood Reporter e veterano do evento.

"Berlim é o maior festival público do mundo e vive de sua plateia, as milhares de pessoas de Berlim que vão assistir aos filmes."

Apesar disso, os organizadores esperam conseguir se manter fiéis às raízes da Berlinale preservando-a especialmente como o lar do cinema independente de arte com inclinação política, como cabe a uma instituição nascida em uma cidade dividida nas frentes da Guerra Fria.

"O transtorno causado pelos acontecimentos de 2020 levou os cineastas a tirar o máximo desta situação e criar filmes profundamente pessoais", disse o diretor artístico Carlo Chatrian.

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O público será convidado para exibições do festival deste ano em junho, altura em que as autoridades esperam que as vacinações terão permitido a reabertura dos cinemas.

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